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Pelo menos cinco pessoas morreram ontem em confrontos entre a polícia e manifestantes da oposição em Port Said, no norte do Egito. A cidade passa desde sábado por protestos intensos contra o presidente Mohamed Mursi.

Os manifestantes são contrários à ocupação do Exército na região, decretada por Mursi em janeiro após outra onda de protestos violentos que deixaram mais de 60 mortos. Na ocasião, a manifestação era contra a prisão de 21 pessoas condenadas à morte pelo massacre no estádio da cidade, em 2012, que deixou 74 mortos.

Os mortos ontem foram dois policiais e três civis atingidos por tiros de munição real durante confronto entre manifestantes e os agentes de segurança. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 400 pessoas ficaram feridas.

Os atos começaram no sábado, em protesto contra a visita do secretário de Estado americano, John Kerry. No domingo, a situação se agravou com um ato contra a transferência de presos na cadeia da cidade, em virtude da chegada dos condenados pela morte dos torcedores em 2012.

O julgamento prosseguirá no próximo sábado e a expectativa é que se divulguem as sentenças de outros 52 suspeitos que, se considerados culpados, serão condenados à pena de morte.

O massacre foi em fevereiro de 2012, quando torcedores do Al Ahly e do Al Masry entraram em confronto após o fim de uma partida.

A cidade de Port Said é uma das mais afetadas pelas manifestações da oposição liberal contra as medidas do governo islâmico de Mohamed Mursi, que acontecem há três meses após o presidente aumentar seus poderes e aprovar uma nova Constituição em que se restringem direitos e liberdades individuais.

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