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Soldados do Exército tailandês atiram contra manifestantes "camisas vermelhas" em uma rodovia próximo ao antigo aeroporto nos subúrbios de Bancoc | Reuters
Soldados do Exército tailandês atiram contra manifestantes "camisas vermelhas" em uma rodovia próximo ao antigo aeroporto nos subúrbios de Bancoc| Foto: Reuters

Tropas tailandesas atiraram contra manifestantes contrários ao governo com munição real e balas de borracha em um confronto caótico que deixou um soldado morto e 19 pessoas feridas em uma rodovia congestionada nos subúrbios de Bangcoc, nesta quarta-feira.

O Exército e a tropa de choque da polícia tentaram interromper um comboio de até 2.000 manifestantes "camisas vermelhas" que haviam saído do centro da capital tailandesa em picapes e motos, desafiando o estado de emergência em vigor.

Cerca de cem manifestantes iam à frente do comboio, investindo contra os soldados, que reagiram com cassetetes, balas de borracha e disparos de munição real para o alto. Alguns "camisas vermelhas" usaram estilingues para atirar pedras e bolas de metal, segundo testemunhas.

Foram três confrontos, que só pararam quando uma tempestade se abateu sobre esse trecho da rodovia Vipawadee-Rangsit, a 40 quilômetros do centro. O trânsito ficou muito congestionado.

Um fotógrafo da Reuters relatou que um soldado foi alvejado através do capacete, e aparentemente morreu. Ele contou que o soldado ferido e pelo menos cinco outros estavam em motos na hora desse tiroteio, e que não ficou claro de onde partiram os disparos.

Um hospital público informou que pelo menos 19 pessoas ficaram feridas e um soldado foi morto. Testemunhas disseram que um tiro atravessou o capacete do soldado, aparentemente disparado por um integrante do próprio Exército.

Com buzinas e cantos, os manifestantes haviam começado o dia entusiasmados, dirigindo-se a um mercado a 50 quilômetros do centro de Bangcoc. Milhares de outros permaneceram no acampamento fortificado dos oposicionistas, no centro.

O novo incidente prolonga o impasse político da Tailândia, depois dos ataques com granadas de quinta-feira passada e do confronto de 10 de abril, que matou 26 pessoas e feriu 900.

A crise opõe uma massa de origem rural, partidária do ex-premiê Thaskin Shinawatra, à dita "elite urbana" que tradicionalmente governa o país. Ela já começa a afetar a economia local, a segunda maior do Sudeste Asiático.

Analistas preveem mais turbulências nas próximas semanas, afetando o crescimento econômico, a confiança do consumidor e a atividade turística, especialmente na capital.

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