Os confrontos entre a organização extremista do Estado Islâmico do Iraque e Levante, ligado à Al Qaeda, e outros grupos opositores islamitas na Síria, deixaram pelo menos 59 mortos neste domingo, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Segundo a organização, nove dos mortos são membros do Estado Islâmico, enquanto o resto são combatentes de outros grupos islamitas como o Frente al Nusra e a Frente Islâmica Sírio (FIS).
O caso mais grave foi registrado na periferia da cidade de Tel Refaat, na província de Aleppo, onde aconteceram oito mortes, todas de envolvidos nos confrontos. Em Kaferzita, na província de Hama, foram sete rebeldes mortos.
Ainda segundo a OSDH, a violência explodiu neste domingo quando os grupos rebeldes tentaram desarmar os combatentes da organização extremista, para tentar obrigar a retirada da cidade.
Também foram registradas mortes em Kaferama, Batbu e Al Marya, em Aleppo, Al Raqa e Deir ez Zor, capitais das províncias homônimas, localizadas no nordeste do país.
Os conflitos começaram na região em junho do ano passado, quando a Frente Al Nusra, vinculada a Al Qaeda, foi designada como pelo da organização terrorista, Aiman Al-Zawahiri, como a única facção na Síria, pedindo ao Estado Islâmico que limite suas ações no território iraquiano.
A decisão provocou tensão entre os dois grupos, que foi aumentada nos últimos meses.
Hoje, a Coalizão Nacional Síria (CNFROS) afirmou em comunicado que o povo do país rejeita o Estado Islâmico do Iraque e Levante, que foi qualificado como "grupo anti-revolucionário".
Desde o início do conflito sírio, em março de 2011, mais de 100 mil pessoas morreram.
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