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BUENOS AIRES - O Congresso da Argentina aprovou na noite de quarta-feira a declaração do dia 24 de março como feriado nacional em lembrança ao último golpe de Estado no país.

Depois de longas sessões no Senado e na Câmara dos Deputados, o projeto enviado pelo governo foi aprovado.

Algumas organizações de defesa dos direitos humanos ficaram divididas quanto à avaliação da medida, já que muitos a interpretaram como uma decisão que procura favorecer o turismo e não manter viva a memória de uma das épocas mais tristes da História argentina.

O governo pediu para os legisladores que o apóiam aprovarem rapidamente o feriado, para que seja convertido em lei. O objetivo é pô-lo em prática na próxima semana, aniversário de 30 anos do golpe militar, que será lembrado com atos e atividades culturais em todo o país.

No dia 24 de março de 1976, os militares derrubaram o governo democrático de Isabel Martínez de Perón e iniciaram um processo de repressão interna que resultou no desaparecimento de cerca de 30 mil pessoas, segundo denúncias de organizações de defesa dos direitos humanos.

Durante anos, desde a retomada da democracia, em 1983, os militares negaram participação nas violações dos direitos humanos e disseram ter lutado contra a "subversão".

Nos últimos anos, porém, apareceram algumas autocríticas de militares em atividade.

Vários militares de alto escalão que exerceram o poder na época da ditadura estão presos por apropriação ilegal de bebês nascidos durante cativeiro de suas mães - uma prática comum naqueles tempos.

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