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Um grupo armado invadiu o parlamento líbio neste domingo (18) e atacou os gabinetes dos legisladores, disse um deputado à agência Reuters. Segundo o deputado Omar Bushah, o grupo invadiu e incendiou o prédio do Congresso Nacional Geral. Há relatos de fumaça saindo do prédio. Os deputados que estavam dentro do prédio precisaram fugir na hora da invasão.

Nesta semana, o Congresso deveria aprovar o governo formado pelo novo primeiro-ministro, Ahmed Malteeq. A nominata de seus ministros foi entregue ao Congresso neste domingo, segundo sua assessoria de imprensa.

Segundo a Associated Press, o grupo paramilitar é liderado pelo general aposentado Khalifa Hifter, que comanda uma ofensiva contra milícias islâmicas em Bengazi e afirma não reconhecer a autoridade do parlamento. "Este parlamento é quem dá apoio a essas entidades extremistas islâmicas", disse um porta-voz de Hifter à TV líbia. "O objetivo é prender esses corpos islâmicos que vestem o manto da política."

A agência de notícias estatal Lana disse anteriormente que atiradores haviam fechado as ruas que levam ao Parlamento. Em várias partes de Trípoli se ouvia tiros de munição antiaérea e granadas disparadas por foguetes, mas os alvos não eram claros.

O Congresso da Líbia é dividido entre grupos islâmicos e não-islâmicos que discordam sobre a escolha e um novo governo e a realização de novas eleições. Recentemente, as forças islâmicas apoiaram a nomeação do novo primeiro-ministro. Na prática, na ausência de um governo, quem manda no país são as milícias que ajudaram a derrubar Muamar Gaddafi em 2011.

O país estava sem líder desde março, quando o então primeiro-ministro Ali Zeidan foi deposto por ter fracassado no manejo de uma crise quem que rebeldes na cidade de Bengazi tentavam vender petróleo sem passar pelo governo central. O sucessor de Zeidan, Abdullah al-Thinni, renunciou no mês passado depois que atiradores atacaram sua família.

Caso consiga tomar posse, a prioridade do novo primeiro-ministro será dominar a violência em Bengazi, onde houve confronto na última sexta-feira entre o forças paramillitares e militantes islâmicos, matando mais de 70 pessoas.

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