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Reprodução do vídeo em que mostra médico socorrendo uma jovem, de nome Neda, atingida por tiros | YouTube/AFP
Reprodução do vídeo em que mostra médico socorrendo uma jovem, de nome Neda, atingida por tiros| Foto: YouTube/AFP

Video sobre jovem se espalha e vira símbolo das manifestações

Um vídeo amador de uma jovem iraniana caída na rua, com sangue escorrendo de seu nariz e sua boca, rapidamente tornou-se um símbolo do movimento oposicionista no país. O registro, de menos de um minuto, aparentemente capta a morte da mulher, momentos após ela ser atingida durante um protesto. As imagens são uma amostra poderosa da capacidade de as pessoas comuns documentarem eventos no Irã, apesar das restrições do regime ao trabalho da imprensa e à internet e aos telefones.

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Teerã anuncia prisão de cinco europeus

Em meio a uma escalada retórica entre o Ocidente o o governo do Irã, Teerã anunciou ontem a prisão de cinco supostos agentes secretos europeus que estariam incentivando os protestos da oposição contra o resultado pleito que reelegeu o presidente ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad.

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Ao mesmo tempo em que o Conselho de Guardiães do Irã, máxima instância constitucional do país, admitiu fraude na eleição de 12 de junho, a repressão aos protestos contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad aumentou. A Guarda Revolucionária, corpo de segurança de elite, afirmou ontem que dará uma "resposta revolucionária e decisiva’’ aos manifestantes que "causarem distúrbios e enfrentarem as forças de segurança’’.

"As Guarda Revolucionária, os basijis (milícia islâmica vinculada à Guarda) e as outras forças de ordem e segurança estão dispostas a executar uma ação decisiva e revolucionária para (...) dar fim ao complô e aos distúrbios (...) e limpar o país destes conspiradores e hooligans’’, afirma um comunicado citado pelas agências de notícias Mehr e Irna.

Esta é a primeira vez que a Guarda Revolucionária, considerada o Exército ideológico do regime iraniano, faz uma advertência de tom tão radical desde o início das manifestações após a controversa reeleição de Ahmadinejad em 12 de junho passado.

A Guarda Revolucionária está sob o controle direto do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

O corpo foi criado inicialmente para defender os líderes da Revolução Islâmica de 1979, mas, com o passar dos anos, ampliou sua ação para a defesa dos interesses nacionais.

Fraude

O Conselho dos Guardiães admitiu que 50 dos 366 distritos do país registraram mais votos que eleitores, cerca de 3 milhões de votos irregulares.

De acordo com a apuração oficial, o presidente Mahmoud Ahmadinejad, no poder desde 2005, foi reeleito com 63% dos votos, contra 34% para Mousavi.

Segundo o porta-voz do Conselho dos Guardiães, Abbas Ali Kadkhodai, ainda não é possível "determinar se esse montante é decisivo para (alterar) os resultados da eleição’’, mas descartou a anulação do pleito.

O Conselho dos Guardiães informou que as irregularidades foram encontradas entre as 170 cidades onde um dos candidatos derrotados, Mohsen Rezai, disse ter ocorrido os problemas.

O presidente reeleito e o seu ministro do Interior, Sadeq Mahsouli, rejeitaram qualquer possibilidade de fraude, dizendo que as eleições foram livres e limpas.

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