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A cúpula militar no Egito autorizou seu chefe, Abdel Fattah al-Sisi, a se candidatar à Presidência do país. O anúncio nesta segunda-feira (27) é feito um dia após a chamada ao pleito para eleger o novo chefe de Estado, feita pelo governo interino colocado por ele no poder.

Homem forte do Egito e com forte popularidade entre setores liberais da sociedade egípcia, Sisi foi o líder da deposição do islamita Mohammed Mursi, em julho. Caso se apresente às eleições, deverá ser o favorito, em um cenário sem representantes da Irmandade Muçulmana, banida pelo governo interino.

Integrantes do comando militar egípcio afirmam que Sisi deverá anunciar sua candidatura nos próximos dias. Para isso, será obrigado a renunciar a seu cargo no comando militar e como ministro da Defesa. A eleição deverá acontecer em abril e os postulantes devem se inscrever até 18 de fevereiro.

O anúncio do pleito à Presidência foi uma mudança na ordem original do plano de transição lançado pelos militares após a queda de Mursi. Inicialmente, previa-se a escolha dos membros do Parlamento antes da seleção ao presidente.

Em nota, a Irmandade Muçulmana acusou o governo interino de alterar a ordem do plano de transição para lidar com a "obsessão" de Sisi para disputar a Presidência. Organizações internacionais também se preocupam com a possibilidade de ser criada uma nova ditadura no país.

Mais cedo, o chefe militar, que era general, foi ascendido pelo governo interino a marechal, a patente mais alta do Exército egípcio. Com a promoção, Sisi entra no grupo de militares que alcançaram o posto, como Hussein Tantawi, ex-chefe do governo interino que assumiu o país após a queda de Hosni Mubarak, em 2011.

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