O Conselho de Segurança da ONU condenou, neste domingo, a conquista de boa parte do Iêmen e suas instituições pelos muçulmanos xiitas da milícia Houthi e fará um alerta sobre “mais sanções”, caso as hostilidades não terminem, disseram diplomatas.

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Em um comunicado que será formalmente adotado em uma reunião no Iêmen ainda neste domingo, a entidade com 15 membros também afirmou que apoia o presidente do Iêmen, Abd-Rabbu Mansour Hadi, segundo os diplomatas, sob condição de anonimato.

O Iêmen aproxima-se de uma guerra civil desde o ano passado, quando os Houthis, aliados do Irã, controlaram Sanaa e avançaram em áreas sunitas, causando confrontos com as tribos locais e energizando o movimento separatista do sul.

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No começo do domingo, os Houthis assumiram o controle da cidade central de Taiz, em uma escalada de poder que os diplomatas temem chamar os vizinhos Arábia Saudita e o principal rival regional dela, o Irã, para o conflito.

O avanço acontece depois de 140 fiéis morreram em uma bombardeio suicida de duas mesquitas em Sanaa, que são usadas pelos Houthis. A utoria dos ataques foi reivindicada pelo Estado Islâmico.

O Conselho de Segurança “condena as ações unilaterais tomadas pelos Houthis, que prejudicam o processo político de transição no Iêmen, e também a segurança, estabilidade, soberania e união do Iêmen”, dirá o comunicado, de acordo com os diplomatas.

O órgão pedirá que “pessoas não ligadas ao Estado saiam das instituições governamentais, inclusive no sul do Iêmen, e que evitem qualquer tentativa de controlar essas instituições”.

O comunicado também ameaça com “mais sanções contra qualquer lado” do conflito no Iêmen. Em novembro, o conselho impôs punições ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh e dois líderes Houthis.

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Hadi, que opera de Aden, uma cidade portuária no sul, desde que escapou da prisão domiciliar dos Houthis, em Sanaa, pediu ao Conselho de Segurança ajuda imediata “em todas as maneiras possíveis para interromper a violência”.

O mediador da ONU, Jamal Benomar, deve informar o conselho ainda neste domingo em uma conferência virtual, e os embaixadores do Iêmen e do Catar, como líderes do Conselho de Cooperação do Golfo, que engloba os estados árabes do Golfo, também vão falar, disseram os diplomatas.

Iêmen é a casa da Al Qaeda na Península Arábica, um dos braços mais ativos da rede internacional, que executou diversos ataques em outros países.

O Conselho de Segurança está preocupado que a Al Qaeda possa se beneficiar da deterioração da situação política e da segurança do Iêmen. A ONU alertou que a situação no país pode se torna similar um cenário como o de Iraque-Líbia-Síria.