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O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta quinta-feira (22) a inclusão do grupo radical islâmico Boko Haram na lista de grupos considerados terroristas por seus vínculos com a rede Al Qaeda, o que implica a imposição de sanções.

A medida tinha sido solicitada pelo governo nigeriano ao comitê que se encarrega das sanções internacionais à rede terrorista Al Qaeda e representa a imposição ao grupo radical de um embargo de armas e do congelamento de ativos.

A decisão foi tomada em consequência da indignação internacional que o sequestro de cerca de 200 meninas pelo Boko Haram causou. Eestima-se que o grupo assassinou mais de 3 mil pessoas em atentados realizados nos últimos cinco anos na Nigéria.

O comitê garantiu que esse grupo manteve uma relação com a Al Qaeda no Magreb Islâmico que inclui treinamento e apoio material, além de contar com alguns membros que lutaram ao lado deles no Mali em 2011 e 2012.

"O Conselho de Segurança deu hoje [quinta, 22] um passo importante em apoio aos esforços do governo nigeriano para derrotar Boko Haram e para que seus líderes paguem pelos crimes atrozes que cometem", disse a embaixadora americana na ONU, Samantha Power.

A diretora-executiva da ONU Mulheres, a sul-africana Phumzile Mlambo, cuja organização se somou às denúncias contra o grupo radical, deu as boas-vindas ao anúncio do comitê de sanções.

Boko Haram, que na língua local significa "a educação não islâmica é pecado", luta para impor sua interpretação da "sharia", a lei islâmica na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

A Nigéria é o país mais povoado da África, tem 170 milhões de habitantes distribuídos em mais de 200 grupos tribais, e sofre inúmeras tensões por suas profundas diferenças políticas, religiosas e territoriais.

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