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O líder centro-direitista argentino Mauricio Macri ganhou comodamente o segundo turno da disputa pela prefeitura de Buenos Aires, segundo dados oficiais preliminares, lançando-se na arena política nacional e desferindo um duro golpe ao escolhido do presidente Néstor Kirchner.

Macri, que também é presidente do clube de futebol mais popular do país, o Boca Juniors, manteve a ampla vantagem do primeiro turno e conquistou cerca de 61 por cento dos votos, contra 39 por cento de Daniel Filmus, de acordo com dados divulgados após a apuração de 99,5 por cento das urnas.

O milionário empresário conseguiu vencer o sólido aparato da propaganda oficial, que o associou às políticas neoliberais que dominaram a Argentina na década passada e são, segundo o governo, responsáveis pela dura crise econômica que o país sofreu em 2001-02.

"Obrigado a todos aqueles que apostaram na esperança e não no medo", disse Macri na sede da sua campanha após os primeiros resultados e antes de iniciar um ruidoso festejo, pulando e dançando com seus assistentes num bar do bairro da Boca.

Mas não está claro se o traje de líder da oposição cai bem em Macri.

Próximo de terminar seu mandato, Kirchner mantém uma elevada imagem positiva, graças a uma surpreendente recuperação econômica, e todos os analistas prevêem que um governista - seja o próprio Kirchner ou sua mulher, a senadora Cristina Fernández - vença as eleições presidenciais de outubro.

Por isso, Macri, de 48 anos, deve mirar no médio prazo, as eleições de 2011, e para isso precisa conseguir que seu partido, com estrutura pequena, se torne uma agremiação de âmbito nacional.

"Vamos trabalhar para construir uma alternativa nacional, mas sem pressa", disse Macri a uma TV após a vitória.

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