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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse neste domingo (10) que, apesar da oposição da Rússia à proposta das Organizações das Nações Unidas (ONU), a organização deve decidir logo a situação do Kosovo, e que, se um acordo não for firmado imediatamente, terá chegado o momento de dizer "já é o bastante, o Kosovo é independente".

Bush disse que representantes do seu país negociarão uma posição comum "com os diplomatas russos e da União Européia", e que "é preciso fazer um esforço para encontrar uma maneira de todo mundo dizer que é uma boa idéia".

"Mas se (o acordo) não for alcançado, chegará um momento, em breve, em que se terá que dizer 'Já é o bastante. O Kosovo é independente'", ressaltou o presidente.

Para evitar a interpretação de que Bush estava se referindo a um possível reconhecimento unilateral da independência do Kosovo por parte do governo americano, fontes da Casa Branca disseram posteriormente que os Estados Unidos "só agem no âmbito do Conselho de Segurança da ONU".

Em uma entrevista conjunta com o primeiro-ministro da Albânia, Sali Berisha, o presidente americano afirmou que sua secretária de Estado, Condoleezza Rice, "vai fazer grande pressão" um acordo: "Se não, vamos ter de atuar, porque a independência é o objetivo".

O processo na ONU sobre o futuro do Kosovo está atualmente estagnado, devido à oposição da Rússia à independência e à ameaça do país de usar seu direito de veto para bloquear qualquer resolução neste sentido no Conselho de Segurança.

"É preciso impulsionar o processo, agora é o momento", disse Bush. Na reunião do G-8, que aconteceu de 6 a 8 de junho na Alemanha, o presidente dos EUA disse ter comunicado a posição americana pessoalmente a Putin, que se opõe ao plano de Ahtisaari.

O plano que estava em discussão foi elaborado pelo enviado especial da ONU ao Kosovo, o ex-presidente da Finlândia Martti Ahtisaari, e contempla a independência supervisionada da província sérvia de maioria albanesa.

Segundo a proposta, a União Européia vigiaria os eventos na província durante pelo menos dois anos, tempo durante o qual seriam estabelecidas instituições para proteger a minoria sérvia.

"Acreditamos de forma enérgica na independência" do Kosovo, reiterou o líder americano, após uma reunião com Berisha na sede da chefia do Governo, no centro de Tirana. "Devemos fazer com que (o processo na ONU) avance e o resultado final seja a independência", ressaltou Bush, que hoje se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a visitar a Albânia.

O presidente americano também pediu ao governo albanês que interceda para a "manutenção da calma" no Kosovo durante a transição.

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