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Ativistas de diferentes organizações protestam em Cancún contra os programas e metas da ONU para os países em  desenvolvimento | Jorge Silva/Reuters
Ativistas de diferentes organizações protestam em Cancún contra os programas e metas da ONU para os países em desenvolvimento| Foto: Jorge Silva/Reuters

Pesquisa

Aquecimento preocupa brasileiros

Uma pesquisa inédita divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em plena Conferência Climática da ONU (COP-16) revela que 80% dos brasileiros têm preocupação ambiental. O desmatamento foi o problema citado por 44% dos entrevistados como o mais relevante, seguido pela poluição da água (32%) e o aquecimento global (26%). No levantamento, 90% dos entrevistados disseram crer que a temperatura do planeta está aumentando. E, para 60% da população, as mudanças climáticas são uma questão "muito grave".

Cancún - A solução da disputa entre países ricos e pobres a respeito dos cortes de emissões de poluentes é crucial para destravar o processo de negociação climática na conferência da ONU em Cancún. Novos textos-base da conferência, que termina na próxima sexta-feira, oferecem soluções bastante díspares para o impasse que opõe Japão, Canadá e Rússia a países em desenvolvimento.

O controle das emissões é "a maior questão que precisa ser resolvida de alguma forma", disse John Ashe, presidente da seção da conferência que discute o futuro do Protocolo de Kyoto. Essas questões, segundo ele, "não são independentes uma das outras", e um acordo sobre Kyoto pode levar à aprovação de um pacote mais amplo de medidas com caráter mais pontual.

Além de discutir o futuro do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012, a conferência de Cancún se destina a aprovar a criação de um novo fundo que ajude os países em desenvolvimento a mitigarem e se adaptarem à mudança climática. O Protocolo exige que cerca de 40 países desenvolvidos reduzam suas emissões de gases do efeito estufa, e poupa os países em desenvolvimento de medidas obrigatórias.

Japão, Rússia e Canadá dizem que não aceitarão renovar seus compromissos após 2012 se os países emergentes, como China e Índia, não forem também obrigados a reduzir suas emissões. Já as nações em desenvolvimento alegam que os países ricos foram os que mais se beneficiaram economicamente com as emissões de gases do efeito estufa desde a Revolução Industrial.

Ashe disse que uma das opções seria prorrogar Kyoto com as metas atuais de reduções. Tal opção ainda não foi discutida na conferência do México.

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