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A secretária de Estado dos EUA disse nesta terça-feira que as futuras conversas com o Irã devem abordar a questão nuclear, apesar da declaração de Teerã de que não irá negociar seu direito de ter um programa nuclear.

"Deixamos claro aos iranianos que quaisquer conversas de que participarmos deve tratar da questão nuclear abertamente. Ela não pode ser ignorada", disse Hillary após um encontro com o presidente uruguaio Tabaré Vazquez.

O Irã concordou em se encontrar no dia 1o. de outubro com os Estados Unidos e outras potências mundiais preocupadas com o programa nuclear de Teerã.

O grupo, conhecido como P5+1, consiste dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Grã-Bretanha, China, França. Rússia e os EUA - mais a Alemanha.

O Departamento de Estado disse na semana passada que comparecerá ao encontro, representado pelo subsecretário de Estado William Burns. Os comentários de Hillary nesta terça-feira foram seu primeiro pronunciamento público sobre a decisão.

O encontro é um passo adiante na promessa do presidente Barack Obama durante a campanha do ano passado de tentar melhorar as relações com Teerã com mais contatos diretos. Os dois países não mantêm relações diplomáticas desde 1980.

"Isto vai ser o cumprimento da promessa de envolvimento do presidente Obama", disse Hillary. "Achamos que vale muito a pena, mas não vamos falar só por falar, e não vamos nos comprometer com um processo que não tem objetivo."

O Irã insiste que não irá negociar seu programa de enriquecimento de urânio, que o Ocidente teme buscar uma arma nuclear, enquanto o Irã diz que pretende gerar energia elétrica.

Um grupo bipartidário pediu nesta terça-feira que Obama aumente a pressão sobre Teerã impondo sanções em seus setores de energia e bancário e se prepare abertamente para recorrer a opções militares para impedir Teerã de desenvolver uma bomba.

"Assinalar publicamente sérios preparativos para um ataque militar pode forçar o Irã a reconhecer o custo de seu desafio nuclear e encorajar Teerã a se comprometer seriamente", disse o estudo do Centro Bipartidário de Políticas em Washington.

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