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Os militares norte-coreanos assinaram na sexta-feira um tratado que permite o tráfego ferroviário na fronteira com a Coréia do Sul pela primeira vez em mais de 50 anos, o que Seul considera um marco na reconciliação.

As duas Coréias, ainda tecnicamente em guerra, pretendem mandar dois trens de passageiros através da fronteira -- um saindo do Norte, o outro do Sul -- na semana que vem. Isso não acontece desde o conflito fratricida de 1950-53.

"A ferrovia entre as duas Coréias será reconectada pela primeira vez em mais de 50 anos, por meio de garantias de segurança militar para a viagem de trem agendada para 17 de maio", disse o Ministério de Defesa da Coréia do Sul em nota.

O Norte aceitou apenas uma viagem de teste e prolongou as negociações militares em um dia extra, especialmente devido a diferenças sobre uma nota conjunta em que Pyongyang pedia mais direitos de pesca em águas disputadas a oeste da península.

A Coréia do Sul, temerosa dos gastos de centenas de bilhões de dólares numa eventual reunificação com o seu miserável vizinho, vem propondo uma série de projetos ao Norte para provocar uma aproximação gradual.

O Sul já construiu um parque industrial que considera um modelo de cooperação econômica um pouco ao norte da fronteira, onde suas empresas usam a terra e a mão-de-obra baratas do Norte para produzir bens.

Seul também construiu duas ligações ferroviárias. Uma fica na costa leste, perto de uma estância montanhosa da Coréia do Norte já visitada por mais de 1 milhão de sul-coreanos e gerenciada por uma afiliada do Grupo Hyundai.

A outra fica cerca de 60 quilômetros a noroeste de Seul e passa parte do parque industrial.

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