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Imagem de satélite mostra complexo nuclear de Yongbyon, na Coréia do Norte; em destaque, uma das torres da usina | Reuters
Imagem de satélite mostra complexo nuclear de Yongbyon, na Coréia do Norte; em destaque, uma das torres da usina| Foto: Reuters

Pyongyang - A Coréia do Norte começou a reativar o complexo nuclear de Yongbyon, tornando efetiva a ameaça feita após a recusa americana de retirar o país da lista de Estados terroristas, informou a imprensa local ontem.

O país asiático havia começado a desmantelar seu reator nuclear em Yongbyon no ano passado após promessa de receber incentivos econômicos e diplomáticos. Uma das promessas, feita pelos EUA, seria a retirada do país da lista de países que patrocinam o terrorismo. Mas, ontem, por meio de um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul informou que o vizinho do norte havia retomado a construção do reator. Com o nome na lista, Pyongyang não se beneficia da ajuda americana e não tem acesso a empréstimos de organizações internacionais.

O acordo de seis países (as duas Coréias, EUA, Japão, China e Rússia) para pôr fim ao programa nuclear norte-coreano, firmado em fevereiro de 2007, era tido como uma das maiores vitórias diplomáticas do governo de George W. Bush. A Casa Branca alega que a falta de cooperação de Pyongyang em permitir fiscalização sobre seu programa nuclear foi o motivo da demora para retirar o rótulo de Estado terrorista da Coréia do Norte.

Ontem, os Estados Unidos minimizaram o anúncio, ao afirmarem que aparentemente os norte-coreanos apenas retiraram equipamentos de armazéns.

Na semana passada, a Coréia do Norte informou que havia parado de desmantelar sua central nuclear. Funcionários americanos e sul-coreanos dizem que levará pelo menos um ano para o Norte colocar novamente em funcionamento os reatores, que foram totalmente desmontados.

Reator

Em Washington, o Departamento de Estado disse que a Coréia do Norte não começou a reconstruir o reator de Yongbyon, que fabricava plutônio. "Nosso entendimento é que os norte-coreanos começaram a movimentar equipamentos que antes tinham armazenado na região. Baseados no que sabemos sobre relatos obtidos no local, não existe um esforço para reconstruir e reinstalar esse equipamento no reator", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack. Segundo ele, a informação partiu de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que estão em Yongbyon.

Questionada sobre a situação na Coréia do Norte, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse: "Nós esperamos que a Coréia do Norte cumpra suas obrigações. Nós certamente cumpriremos as nossas".

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