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Kim Jong-un: Seul diz que ditador não pode ser contrariado. | KR/KCNA
Kim Jong-un: Seul diz que ditador não pode ser contrariado.| Foto: KR/KCNA

Os serviços secretos sul-coreanos afirmaram ontem que o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, executou desde o começo do ano 15 membros do alto escalão de seu governo e quatro músicos de uma das principais bandas do país.

Kim teria ordenado as execuções dos integrantes do regime por expressarem opiniões diferentes da sua. Já os músicos teriam sido acusados de espionagem, disse um representante do Comitê de Inteligência do Parlamento da Coreia do Sul após se reunir com funcionários do Serviço Nacional de Inteligência (NIS) de Seul.

Entre os representantes do governo mortos pelo ditador estaria o vice-ministro de Florestas, Rim Eob-sung, condenado à pena capital em janeiro após se queixar do plano de reflorestamento do país, indicou o NIS em declarações publicadas pela agência Yonhap.

Um mês mais tarde, em fevereiro, Kim teria ordenado a morte de um vice-presidente da Comissão de Planejamento do Estado, cujo nome não foi revelado, indicou o deputado sul-coreano Shin Kyeong-min, do partido NAPD, de oposição.

O vice-presidente teria sugerido ideias diferentes às propostas em um primeiro momento sobre o projeto de um grande edifício dedicado à ciência e à tecnologia nas margens do rio Taedong, que banha a capital do país, Pyongyang.

“Quando há discordância, Kim Jong-un considera como um desafio a sua autoridade. Por isso ele executou os 15 membros do alto escalão de seu governo. Para dar exemplo”, afirmou Kyeong-min. “Ele controla estritamente os oficiais do Exército dando uma série de ordens urgentes. Se elas não forem cumpridas, ele os rebaixa de patente e, mais tarde, os exclui das Forças Armadas”.

Os serviços de inteligência sul-coreanos também divulgaram que os quatro músicos pertenciam ao grupo Unhasu. As mortes teriam ocorrido em março. Em agosto de 2013, a suposta execução da cantora da banda, Hyon Song-wol, causou polêmica, mas no ano seguinte se comprovou que a informação era falsa.

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