A Coreia do Norte disse nesta sexta-feira (20) que vai reabrir uma "linha direta militar" com a Coreia do Sul, um ato que sugere que o país comunista pode suavizar sua ríspida retórica antes do amplamente condenado lançamento de um míssil aguardado para o início do próximo mês.
A linha direta, única conexão telefônica entre as duas Coreias, será reaberta no sábado, um dia após as tropas norte-americanas e sul-coreanas terminarem um treinamento anual de defesa, que Pyongyang chamou de preparo para uma invasão.
A Coreia do Norte parou de responder às chamadas na linha direta no início dos treinamentos, em 9 de março.
"O nosso lado irá restaurar a linha de comunicação militar, começando às 8 horas no dia 21 de março (horário local), baseado na posição e intenção de garantir militarmente a declaração conjunta histórica Norte-Sul", disse a Coreia do Norte em uma mensagem para a Coreia do Sul.
O comunicado refere-se a uma declaração assinada em junho de 2000 pelo então presidente liberal da Coreia do Sul, Kim Dae-jung, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il. Os líderes buscavam aperfeiçoar laços e iniciar uma troca comercial, depois de décadas de hostilidade após a Guerra da Coreia (1950-53).
A Coreia do Norte descarregou muito de sua ira nos últimos meses no presidente conservador sul-coreano Lee Myung-bak, que encerrou uma década da política de envio de ajuda humanitária sem perguntas. Ele condicionou o envio de auxílio à garantia de interrupção do programa de desenvolvimento de armas nucleares norte-coreano.
A tensão na península aumentou ainda mais com o anúncio da Coreia do Norte de que lançará um satélite entre os dias 4 e 8 de abril.
Autoridades em Seul e Washington dizem que o lançamento é na verdade o teste disfarçado de um míssil de longo alcance Taepodong-2 e advertem sobre uma possível punição, assegurada pela resolução de 2006 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que proíbe Pyongyang de desenvolver atividades com mísseis.
O Japão deve acompanhar o lançamento de um míssil, caso ele se confirme, e planeja aprovar medidas para destruir qualquer foguete que rume em direção ao seu território, disse a agência de notícias Kyodo nesta semana.
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