A Coreia do Norte reapresentou nesta sexta-feira sua antiga proposta de unificação com a Coreia do Sul através da criação de uma Federação que permita a coexistência dos dois regimes, capitalista e comunista, na península.

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"A única maneira realista de conseguir a unificação é um sistema federal que respeite as diferenças" entre os dois países, assegurou o jornal estatal Rodong, após reconhecer os enormes contrastes entre Norte e Sul em suas respectivas ideologias políticas, assim como em suas estruturas de governo.

Deste modo, Pyongyang recupera a tese do falecido Kim Il-sung, fundador do país e avô do atual líder, que em 1973 propôs a criação da "República Confederal Democrática de Koryo", um estado no qual conviveriam o sistema comunista do Norte e capitalista do Sul.

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O jornal do Partido dos Trabalhadores, braço político do regime de Kim Jong-un, criticou em seu artigo a política rumo ao Norte da atual presidente sul-coreana, Park Geun-hye, a quem acusou de buscar a unificação mediante o fim do sistema socialista norte-coreano com a ajuda de potências estrangeiras.

Desde que começou seu mandato, Park Geun-hye defendeu a reconciliação intercoreana através de um processo de construção de confiança e exigiu que o país vizinho introduzisse mudanças políticas, o que o regime norte-coreano não está disposto a aceitar.

A península coreana, cujos habitantes são de etnia e cultura praticamente homogêneas há séculos, permanece separada em duas metades desde 1948, uma divisão que foi ratificada após a Guerra da Coreia (1950-53), depois do traçado definitivo da fronteira ao longo do paralelo 38.

Desde então, nenhum dos dois Estados renunciou à ideia de voltar a unificar o país, mas seus sistemas antagônicos e a tensão que caracterizou suas relações tornaram impossível cumprir com a vontade histórica dos coreanos.