Os Estados Unidos disseram nesta quarta-feira que a Coreia do Norte concordou em suspender suas atividades nucleares, além de estabelecer uma moratória em seus testes com mísseis nucleares e de longo alcance. A medida representa um grande avanço nas negociações com o país comunista.
O anúncio foi feito mais de dois meses depois da morte do líder norte-coreano Kim Jong Il e sugere que a Coreia do Norte atendeu às principais precondições norte-americanas para reiniciar o processo de desarmamento em troca de ajuda, do qual Pyongyang se retirou em 2009.
A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, disse que a Coreia do Norte concordou em permitir que inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) verifiquem e monitorem a moratória no enriquecimento de urânio e confirmem a incapacidade de funcionamento de seu reator nuclear em Yongbyon.
De acordo com o comunicado de Nuland, os Estados Unidos se reunirão com a Coreia do Norte para finalizar os detalhes para um pacote de 240 mil toneladas de ajuda alimentar.
A Coreia do Norte emitiu um comunicado semelhante, embora com palavras diferentes, divulgado simultaneamente em Pyongyang.
Um porta-voz não identificado do Ministério de Relações Exteriores norte-coreano disse em comunicado divulgado pela agência estatal de notícias que Pyongyang havia concordado com a moratória nuclear e com a permissão para o trabalho de inspetores da AIEA, "tendo em vista a manutenção de uma atmosfera positiva" para as conversações entre Estados Unidos e Coreia do Norte.
O anúncio ocorre após negociações realizadas em Pequim na semana passada entre negociadores dos Estados Unidos e Coreia do Norte, as primeiras desde que as negociações foram suspensas após a morte de Kim, em dezembro.
Antes da morte do líder norte-coreano, os dois países estavam perto de fechar tal acordo, que parece atender às precondições norte-americanas para a retomada nas negociações, suspensas três anos atrás. As informações são da Associated Press.
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