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A Coreia do Sul exigiu que a China faça modificações no traçado de sua nova zona de defesa aérea para não violar os limites das Forças Armadas sul-coreanas, durante uma reunião realizada nesta quinta-feira (28), em Seul, entre altos representantes dos dois países, mas Pequim rejeitou o pedido.

O vice-ministro da Defesa sul-coreano, Baek Seung Joo, e o subchefe do Estado-Maior Geral do Exército da China, Wang Guanzhong, participaram nesta quinta na capital sul-coreana do diálogo anual de defesa entre os dois países, marcado pela polêmica em torno da área estabelecida unilateralmente por Pequim.

Na reunião, Baek exigiu que a China modificasse sua nova zona de defesa aérea, já que ela se sobrepõe a da Coreia do Sul e cobre, além disso, a ilha submersa de Ieodo, controlada por Seul, informou a agência local "Yonhap".

No entanto, um porta-voz do Ministério de Defesa sul-coreano disse, sem oferecer mais detalhes, que a China "decidiu não aceitar a petição".

O representante sul-coreano argumentou que não pode reconhecer a nova zona porque Pequim a traçou de maneira unilateral, sem consultar Seul. A resposta chinesa ainda não foi revelada.

Pequim divulgou no sábado o novo traçado de sua área de identificação de defesa aérea (ADIZ, sigla em inglês) no Mar da China Oriental, que se sobrepõe às zonas que Seul mantém atualmente sob seu controle.

Como resposta, o Ministério das Relações Exteriores sul-coreano convocou esta semana o ministro conselheiro da Embaixada chinesa em Seul, enquanto o chanceler Yun Byung-se advertiu que a criação da nova zona aérea de defesa chinesa poderia agravar os conflitos já existentes na região.

Por enquanto, tanto a Coreia do Sul como o Japão mantêm a postura de não reconhecer a ADIZ traçada pela China e, na segunda-feira, dois bombardeiros B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos sobrevoaram a área em uma manobra de rotina, sem avisar Pequim previamente.

O traçado da zona de defesa aérea, que poderia abalar as relações da China com seus vizinhos do nordeste da Ásia, gerou uma polêmica ainda mais forte com o Japão, já que Pequim incluiu na zona as ilhas Senkaku/Diaoyu, cuja soberania é reivindicada pelos chineses, mas são administradas "de facto" por Tóquio.

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