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Retratos de algumas das vítimas do naufrágio que matou 304 pessoas na Coreia do Sul | REUTERS/Kim Hong-Ji
Retratos de algumas das vítimas do naufrágio que matou 304 pessoas na Coreia do Sul| Foto: REUTERS/Kim Hong-Ji

Promotores da Coreia do Sul buscaram a pena de morte para o capitão de uma barca que virou em abril, matando 304 pessoas, a maioria delas crianças, em um julgamento nesta segunda-feira (27) de 15 membros da tripulação que abandonaram a embarcação antes do naufrágio.

Lee Joon-seok, de 68 anos, acusado de homicídio, deve ser condenado à morte por fracassar em realizar sua obrigação, o que, de fato, resultou em homicídio, disse a promotoria à corte antes de finalizar seus argumentos, em um julgamento que acontece em meio à indignação pública.

O sentimento tornou-se bastante hostil após o surgimento de provas de que a maioria dos passageiros adolescentes esperou em suas cabines, obedientemente seguindo ordens, enquanto a tripulação escapava.

Lee está entre os 15 acusados de abandonar a embarcação. Quatro, inclusive o capitão, enfrentam acusações de homicídio.

O restante enfrenta acusações menores, incluindo negligência. Uma comissão de três juízes deve anunciar seu veredicto em novembro. Não houve apelação formal, mas Lee negou sua intenção de matar.

"Lee motivou a causa do afundamento da (barca) Sewol... ele carrega a maior responsabilidade pelo acidente", disse o principal promotor do caso, Park Jae-eok, à corte no sul do país. "Pedimos que a corte o condene à morte."

Os promotores buscam prisão perpétua para os outros três acusados de homicídio e sentenças de prisão que vão de 15 a 30 anos para o restante dos acusados.

A barca Sewol virou e afundou em uma viagem de rotina em 16 de abril, gerando uma grande dor nacional e duras críticas ao governo do presidente Park Geun-hye pelo jeito que a operação de resgate foi realizada.

A tripulação disse que acreditar ser responsabilidade da guarda costeira retirar os passageiros. Imagens em vídeo da fuga dos tripulantes causaram indignação, especialmente após sobreviventes terem testemunhado que eles repetidamente disseram aos passageiros para ficarem em seus lugares.

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