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Protesto em frente da embaixada do Equador, em Londes | Neil Hall/Reuters
Protesto em frente da embaixada do Equador, em Londes| Foto: Neil Hall/Reuters

O presidente do Equador, Rafael Correa, disse ontem que o fato de ele ter concedido asilo político ao fundador do website WikiLeaks, Julian Assange, não quer dizer que ele concorda com tudo o que o ativista diz ou faz. Correa disse que o Equador concedeu asilo na quinta-feira porque a Suécia não ofereceria garantias de que não extraditaria Assange aos Estados Unidos.

O impasse na embaixada equatoriana na Grã-Bretanha continua. Assange permanece no local e a polícia metropolitana de Londres insiste que ele será preso se sair do prédio.

O ex-juiz espanhol Bal­­tazar Garzón, que coordena a defesa de Assange, declarou ao jornal espanhol El País que o Reino Unido tem a obrigação de deixar o fundador do WikiLeaks sair do país. "O que o Reino Unido deve fazer é obedecer as obrigações diplomáticas da Convenção da ONU para Refugiados e deixá-lo sair, concedendo a ele um salvo-conduto. Caso contrário, recorreremos à Corte Internacional de Justiça", disse Garzón ao jornal espanhol.

O Reino Unido afirma que não pode permitir a passagem livre do australiano para o Equador devido ao mandado de prisão contra ele – o país chegou a afirmar que pode utilizar uma obscura lei para revogar o status da embaixada e assim entrar no local para prender o fundador do WikiLeaks.

Assange se refugiou na Embaixada do Equador em Londres em 19 de junho para evitar a extradição à Suécia, onde é procurado porque sofreu acusações de duas mulheres, que o acusaram de estupro. Assange nega as acusações.

Argumento

O presidente do Equador repetiu o argumento de seu governo, de que Assange poderá sofrer uma condenação à prisão perpétua ou à morte nos EUA. Os partidários de Assange acreditam que o governo americano indiciou secretamente o australiano por ter publicado centenas de milhares de documentos secretos do Departamento de Estado.

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