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Uma corte de Taiwan condenou nesta sexta-feira (11) à prisão perpétua o ex-presidente do país Chen Shui-bian. Ele foi declarado culpado por corrupção, em mais um capítulo na turbulenta história política do país. A mulher de Chen, Wu Shu-chen, também foi declarada culpada por corrupção e recebeu a mesma condenação do marido, segundo um porta-voz da Corte.

"Chen Shui-bian e Wu Shu-chen foram sentenciados à prisão perpétua, pois Chen fez um grave mal à nação e Wu porque esteve envolvida nos pactos corruptos como primeira-dama", disse o porta-voz. O funcionário acrescentou que o casal precisa ainda pagar uma multa total equivalente a US$ 15,2 milhões. Centenas de manifestantes estavam em frente ao tribunal, pedindo a libertação do ex-presidente.

O painel de três juízes da Corte do Distrito de Taipé declarou Chen, de 58 anos, culpado por várias acusações relacionadas à corrupção. Ele era acusado de desviar US$ 3,15 milhões de um fundo presidencial especial durante seu mandato entre 2000 e 2008. Também era acusado de receber subornos, estimados em US$ 9 milhões, lavagem de dinheiro em contas na Suíça e falsificação de documentos. O ex-presidente preferiu não permanecer hoje à Corte. Desde dezembro ele está em uma prisão no subúrbio de Taipé, após promotores convencerem os magistrados a manterem Chen detido, depois de sua acusação formal.

Eleição

Uma ilha de 23 milhões de habitantes, Taiwan teve sua primeira eleição presidencial em 1996, após quatro décadas de um regime em que governava apenas um partido. A maioria dos taiwaneses acredita que Chen é pelo menos parcialmente culpado, mas alguns partidários creem que a postura dele contra a China teve um papel importante no caso.

O presidente Ma Ying-jeou e vários juízes do Ministério da Justiça negaram qualquer parcialidade. Chen foi o primeiro líder de Taiwan que não pertencia ao Partido Nacionalista desde que Chiang Kai-shek fugiu da ilha ao perder a guerra civil chinesa para os comunistas liderados por Mao Tsé-tung, em 1949. Ele chegou ao poder com uma plataforma anticorrupção e favorável a garantir a independência da ilha.

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