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Buenos Aires – Manifestantes argentinos da área da fronteira estão realizando piquetes nas três pontes que ligam a Argentina com o Uruguai desde o fim de semana passado. A intenção é continuar bloqueando o trânsito até o domingo, ao longo de toda a Semana Santa. Os manifestantes argentinos protestam contra a instalação de fábricas de celulose do lado uruguaio da fronteira. O principal objetivo do protesto argentino é impedir a inauguração da fábrica de celulose da empresa finlandesa Botnia, que entrará em funcionamento no segundo semestre deste ano. Segundo os manifestantes, a fábrica, localizada na cidade uruguaia de Fray Bentos, sobre o Rio Uruguai – que divide os dois países – causará uma catástrofe ambiental que levará a região à ruína econômica.

O bloqueio simultâneo das três pontes está causando graves danos à economia uruguaia, mais especificamente ao turismo. O chanceler uruguaio, Reinaldo Gargano, afirmou que seu governo não negociará com a Argentina sobre as fábricas de celulose enquanto os piquetes permanecerem. Gargano também sustentou que a fábrica da Botnia "não será relocalizada".

Desta forma, o impasse é inevitável, já que slogan dos argentinos da área da fronteira é "Botnia vai embora e só então os piquetes serão suspensos". Os manifestantes opõem-se enfaticamente à construção de fábricas de celulose sobre o Rio Uruguai há quase dois anos. A denominada "Guerra da Celulose" transformou-se na pior crise entre a Argentina e o Uruguai em mais de 150 anos, com desdobramentos não só diplomáticos, mas também comerciais. De quebra, causaram uma das piores crises internas do Mercosul.

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