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Nova Iorque – O ministro de Assuntos Exteriores da Coréia do Sul, Ban Ki-Moon, voltou a despontar como favorito para a sucessão de Kofi Annan nas Nações Unidas, e já tem praticamente assegurada sua eleição como oitavo secretário-geral da ONU. Em outra votação de caráter informal e indicativo realizada no Conselho de Segurança, ontem, Ban voltou a monopolizar a maioria dos votos, em relação aos outros cinco candidatos que se apresentaram oficialmente (veja ao lado). O ministro sul-coreano conseguiu a apoio de 14 países à sua nomeação, incluindo os dos cinco integrantes permanentes do Conselho de Segurança, que têm direito a veto. Com isso, Ban superou os nove votos necessários para sua eleição.

Na votação realizada, só foi registrada uma abstenção, de um membro não-permanente do Conselho de Segurança. Nesta votação, a cor das cédulas dos cinco membros permanentes (azul) e dos dez não-permanentes do Conselho (branca) foram diferenciadas. Os votos dos cinco grandes – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China – são decisivos, já que estes têm o privilégio do veto, e deles sempre dependeu, na prática, a nomeação do principal responsável do organismo mundial.

Aval chinês

O embaixador da China na ONU, Wang Guangya, confirmou os resultados da votação, e não hesitou em dizer que o ministro sul-coreano Ban Ki-Moon será o candidato recomendado pelo Conselho de Segurança à Assembléia Geral para ser o novo secretário-geral. "Estamos muito contentes que tenha havido um consenso para apoiar um candidato asiático. Todos os candidatos têm muita experiência, mas o ministro sul-coreano conta com o apoio da maioria", indicou. O embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, também se mostrou satisfeito com os resultados da votação indicativa, e disse que "chegou o momento para uma decisão final". Por isso, anunciou que os quinze membros do Conselho fizeram um acordo para realizar uma votação formal na próxima segunda-feira, 9 de outubro, para ratificar oficialmente Ban como secretário-geral.

Existe a possibilidade de que, durante esta semana, novos candidatos se apresentem, mas todos os indícios apontam para que isso não ocorra. Uma vez eleito formalmente no Conselho, Ban terá a recomendação apresentada à Assembléia Geral, integrada pelos 192 países da ONU, que deverão ratificar a nomeação. Caso tenha sua eleição confirmada, o ministro sul-coreano substituirá o atual secretário-geral, o ganense Kofi Annan, cujo mandato termina em 31 de dezembro de 2006, após dez anos no cargo.

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