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O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, que está em prisão domiciliar em Londres | Fabrice Coffrini/AFP
O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, que está em prisão domiciliar em Londres| Foto: Fabrice Coffrini/AFP

Em meio a uma pública troca de acusações com o jornal britânico The Guardian, o fundador do Wi­­ki­­Leaks, Julian Assange, disse on­­tem, em uma palestra por vi­­deoconferência com brasileiros em São Paulo, que a imprensa ocidental "mente" e "omite informações". "As organizações de mídia que orgulhosamente dizem ao público que perseguem a verdade são mentirosas", disse desde o Reino Unido, onde está em prisão domiciliar.

Segundo ele, o WikiLeaks nun­­ca foi responsável por causar "a morte de qualquer indivíduo". Assange afirmou ainda que era sua obrigação, como jornalista investigativo, de revelar nomes "de criminosos, espiões e políticos".

O WikiLeaks é acusado de liberar mais de 251 mil telegramas sem edição em 2010. Os documentos traziam nomes de fontes que deveriam ser mantidas sob sigilo, como ativistas de direitos humanos na Síria e acadêmicos na China.

O WikiLeaks diz que o responsável é o editor do britânico The Guardian David Leigh, que publicou, em seu livro a senha para o arquivo codificado que continha os telegramas. Leigh disse que só incluiu a senha porque Assan­­ge garantiu que ela iria expirar em poucas horas.

O ativista australiano participou do InfoTrends, evento de tecnologia que começou on­­tem e termina hoje em São Pau­­lo. Impedido de sair da In­­gla­­terra por causa de uma acusação de estupro, ele fez a pa­­lestra de abertura, em um te­­lão.

Asssange disse que o Wi­­kiLeaks não se opõe ao sigilo e afirmou que ele pode ser ne­­cessário em alguns casos para os governos. "Mas mantê-lo é responsabilidade deles, não de todos os cidadãos do mundo."

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