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Especialistas forenses da polícia trabalham na cena do crime onde um homem esfaqueou 19 pessoas, incluindo crianças
Especialistas forenses da polícia trabalham na cena do crime onde um homem esfaqueou 19 pessoas, incluindo crianças, em Kawasaki, em 28 de maio de 2019| Foto: BEHROUZ MEHRI/AFP

Uma estudante de 12 anos e um homem foram mortos depois que um japonês esfaqueou um grupo de crianças em um ponto de ônibus nos arredores de Tóquio, no Japão, na terça-feira (28), segundo policiais e funcionários do hospital à mídia local. Outras 15 alunas ficaram feridas.

A polícia disse que o suspeito de realizar o ataque, um homem por volta de 50 anos, também morreu depois de cortar o próprio pescoço, segundo a emissora estatal NHK. O nome dele ainda é desconhecido.

As crianças, com idade entre 6 e 12 anos, eram estudantes de uma escola católica particular e estavam embarcando no ônibus quando o homem as atacou por volta das 7h45 da manhã, em Kawasaki.

Dai Nagase, funcionário do Corpo de Bombeiros de Kawasaki, disse que 19 pessoas ficaram feridas, três das quais não estavam respirando, informou a mídia local. Um hospital local disse que um homem de 50 anos morreu e quatro pessoas ficaram gravemente feridas, incluindo três meninas e uma mulher de 40 anos, enquanto outro hospital disse que um homem adulto na faixa dos 30 anos também foi confirmado morto.

Um motorista de ônibus ouvido pela NHK contou que viu o homem carregando duas facas se aproximar das crianças e começar a esfaqueá-las uma a uma. Duas facas foram encontradas nas proximidades, enquanto havia poças de sangue no local, informou a agência de notícias Kyodo.

"Eu ouvi um homem e uma mulher gritando", disse a Kyodo uma mulher de 50 anos que mora no bairro. "Eu corri para fora da minha casa e vi muitas ambulâncias".

Repercussão

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, condenou o ataque, dizendo que o caso é "desolador".

"É um caso muito angustiante. Ofereço minhas sinceras condolências às vítimas e espero que os feridos se recuperem rapidamente", disse Abe.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que estava no Japão em uma visita de estado, também lamentou o atentado.

"Em meu nome e do da primeira-dama, quero um momento para enviar nossas orações e condolências às vítimas do ataque de esfaqueamento esta manhã em Tóquio", disse Trump em um discurso em um porta-aviões japonês. "Todos os americanos defendem o povo do Japão e sofrem pelas vítimas e por suas famílias".

Ataques no Japão

Crimes violentos são raros no Japão e as leis de posse de armas são rígidas, mas há ataques ocasionais de alto perfil, geralmente com facas ou veículos.

No início deste mês, um homem deixou duas facas na mesa da escola de um jovem príncipe japonês. A polícia disse que ele confessou ter a intenção de esfaquear o príncipe Hisahito, de 12 anos, que um dia herdará o trono do crisântemo, por discordar do sistema imperial.

Em outro caso, um homem atropelou um grupo de pessoas que celebrava o Ano Novo em Tóquio com uma minivan, ferindo oito pessoas, no que ele disse ser um protesto contra a pena de morte.

Em 2016, um homem, que disse que queria matar pessoas com deficiência, realizou um ataque com faca em uma instalação de atendimento onde ele havia trabalhado, matando 19 e ferindo outras 26.

Em 2010, em um subúrbio de Tóquio, 13 pessoas foram esfaqueadas em um ônibus escolar e um ônibus do transporte público por um homem que disse que queria acabar com sua vida.

Dois anos antes, um jovem de 28 anos conduziu um caminhão até uma movimentada faixa de pedestres em Tóquio, matando três pessoas. Ele, depois, desceu do veículo e esfaqueou mais quatro pessoas.

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