Cheguei a Barcelona no dia 15 de abril para participar de uma coletiva de imprensa promovida por um laboratório farmacêutico. Quando desembarquei na Espanha, não tinha ideia do que estava acontecendo. Só descobri à noite que um vulcão havia entrado em erupção na Islândia. Não podia imaginar que o problema cresceria tanto.

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O meu voo sairia segunda-feira, mas, no domingo, eu já sabia que seria muito difícil deixar a Espanha, pois a fumaça havia descido para o sul do continente e estava se aproximando. Em todos os canais de notícias da Europa o assunto era o mesmo. A cada minuto descobria que novos aeroportos fechavam e que grande parte dos voos havia sido cancelada.

Cheguei a ir até o aeroporto de Barcelona, na esperança de embarcar para Frankfurt, onde faria conexão, mas logo me deparei com o caos, que lembrava muito o apagão aéreo brasileiros. Filas enormes, passageiros impacientes e funcionários sem saber o que responder.

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Até o momento, ainda não tenho certeza de quando poderei voltar ao Brasil. A companhia aérea nos informou que existe um voo confirmado de Barcelona para Frankfurt na quarta-feira, dia 21, mas o voo da Alemanha para São Paulo ainda não está certo.

A companhia nos deu a opção de irmos por conta própria até Madri, mas a lista de espera é grande. Pode ser que só consigamos uma vaga nos próximos voos daqui a duas semanas...

Para chegar por terra a Madri também é muito difícil. Não há mais passagens de trem, ônibus e nem carros para ligar. Outra opção seria sair por Portugal, mas a companhia aérea esta cobrando mais de R$ 10 mil pela passagem.

Enquanto isso, ficamos aqui esperando por alguma informação. A incerteza de qual será o nosso destino é o que mais incomoda. Enquanto os europeus se viram para chegar em casa, quem precisa atravessar o oceano fica à deriva...

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