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Autoridades europeias tentam desatar nó de infraestrutura que prejudica também o transporte por via férrea | Ben Stansall/AFP
Autoridades europeias tentam desatar nó de infraestrutura que prejudica também o transporte por via férrea| Foto: Ben Stansall/AFP

Paranaenses sofrem com pane em aeroportos

Muitos paranaenses que possuem viagem marcada para o Velho Mundo temem passar as festas de fim de ano confinados em aeroportos. A sócia da agência curitibana Caminhos Viagens e Turismo, Roberta Redivo, trabalha há dez anos com viagens internacionais e conta que esta é a primeira vez que as nevascas – que caem tradicionalmente em janeiro – atrapalham tanto o passeio de seus clientes.

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Londres e Paris - Apesar da relativa normalidade que voltou ontem aos aeroportos europeus, o caos aéreo, em estradas e ferrovias da Europa já deixou de ser um mero problema de conveniência. Enquanto tentam desatar os nós em sua infraestrutura, as autoridades já começam a contar os prejuízos: no Reino Unido, que já havia sofrido no início do ano com o mau tempo e que viu seu principal aeroporto, Heathrow, repleto de passageiros dormindo pelo chão, as estimativas são de que os rigores do inverno poderão custar cerca de US$ 40 bilhões à economia em 2010. Sobretudo se os transtornos continuarem avançando na semana do Natal.

Segundo um estudo da RSA, uma das principais corretoras de seguro britânicas, apenas a nevasca no início de dezembro já resultou em prejuízos de US$ 7,4 bi­­lhões. O retorno da neve em pontos mais generalizados do país durante o último fim de semana promete salgar ainda mais a conta final, especialmente porque o sábado antes do Natal é tradicionalmente o dia de maior arrecadação do comércio.

"Apenas em Londres, o comércio registrou queda de quase 20% no número de clientes, mas o número chegou a quase 50% em outras regiões. No país inteiro, a média foi de 22%. E não há muito o que fazer para compensar os prejuízos", afirma Tim Denison, diretor da consultoria Synovate, que compila o número de visitantes a lojas britânicas.

Diversas lojas de grande porte foram forçadas a antecipar a data-limite para as compras eletrônicas com entrega antes do Natal e, agora, pretendem funcionar até meia-noite de sexta-feira para tentar compensar. Apenas os es­­toquistas de produtos ligados ao inverno, como trenós, pás e sal pa­­ra o derretimento de neve, es­­tão vendo algo de bom numa situação que soterra as esperanças de recuperação da economia britânica.

Alemanha

A crise ameaça afetar o crescimento econômico da Alemanha. "Muitos projetos de construção foram paralisados e muitas viagens de negócios foram canceladas", disse Volker Trier, economista-chefe da DIHK (câmara alemã de indústria e comércio). "O transporte de cargas também teve problemas com o mau tempo. O resultado é que o clima rude custará cerca de meio ponto de crescimento [para a Alemanha] neste trimestre", afirmou.

Ontem, o aeroporto de Frank­­furt voltava ao normal, mas ainda registrava 70 cancelamentos. Em Paris, cerca de 15% dos voos fo­­ram cancelados.

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