Os recursos levantados por economias ricas para as nações pobres para o combate ao HIV caíram no último ano, de US$ 7,7 bilhões em 2008 para US$ 7,6 bilhões em 2009, como resultado da recessão econômica. A informação consta de comunicado divulgado hoje no primeiro dia da Conferência Internacional sobre a Aids, em Viena.
O montante de US$ 7,6 bilhões foi levantado pelas nações do G-8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia), pela Comissão Europeia e por outros doadores. "A soma de 2009 encerrou uma sequência de aumentos anuais de dois dígitos em doações para assistência internacional para a Aids desde pelo menos 2002", citou a análise publicada pela Fundação da Família Kaiser e pela agência UNAids, da Organização das Nações Unidas (ONU).
O presidente da Fundação, Drew Altman, disse que as nações doadoras enfrentaram dificuldades no último ano, mas não cortaram totalmente as doações, enquanto lutavam contra o "tsunami econômico" que provocou a recessão mundial. "O tempo irá dizer se o suporte irá retomar o rápido crescimento uma vez que a recuperação global ganhe força", acrescentou, em comunicado.
Dos US$ 7,6 bilhões, os governos desembolsaram US$ 5,9 bilhões. Outro US$ 1,6 bilhão veio do Fundo Global para Combate à Aids, Tuberculose e Malária e US$ 123 milhões vieram da Unitaid, central internacional de compra de medicamentos. Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Itália e Holanda estão entre os que reduziram as doações. Mas a diminuição da soma destes países foi compensada, em grande parte, pelo aumento da ajuda enviada pelos Estados Unidos, cujo suporte subiu de US$ 3,95 bilhões em 2008 para US$ 4,4 bilhões em 2009. Os EUA sozinhos responderam por 58% dos desembolsos em 2009, seguidos por Reino Unido (10,2%), Alemanha (5,2%), Holanda (5,0%) e França (4,4%).
A Conferência sobre Aids, em Viena, teve abertura de gala, sob chuva torrencial. O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e outros convidados correram para se abrigar da tempestade. Apresentações a céu aberto da dançarina Dita Von Teese e da cantora Patti LaBelle, marcadas para ontem, tiveram que ser adiadas, depois que as autoridades emitiram um alerta de tempestade.
A celebração do chamado Baile pela Vida, que levanta fundos para portadores de HIV, tradicionalmente atrai enorme público fantasiado, que dança até o raiar do sol na praça em frente ao local do evento. Ontem, o evento de gala também contaria com a participação da atriz Whoopi Goldberg, com uma mensagem de vídeo de Sharon Stone e desfiles de moda de Kenneth Cole, Calvin Klein e Diane von Furstenberg. A conferência é realizada a cada dois anos e a 18ª edição começou hoje. As informações são da Dow Jones e Associated Press.
- Cientistas mostram otimismo sobre vacina contra a AIDS
- Grupo estima que custo anual com AIDS pode chegar a US$35 bilhões
- ONU prepara plano para salvar 10 milhões de vítimas da Aids
- Descoberto anticorpo que anula 91% das cepas de HIV
- África do Sul tem o maior número de infectados pelo HIV no mundo
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo