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A indústria siderúrgica da China opera atualmente com capacidade ociosa de 150 milhões a 200 milhões de toneladas, o equivalente a seis vezes a produção total do Brasil. O colapso da demanda internacional e o aumento dos investimentos no país agravaram ainda mais o problema, que também afeta os setores de alumínio, cimento, químicos, refino e energia eólica, revela estudo divulgado na quinta-feira (26) pela Câmara de Comércio da União Europeia na China, realizado em parceria com a consultoria Roland Berger.

O excesso de capacidade provocou a redução das margens de lucros das empresas, o encolhimento dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento e a maior dificuldade para pagar empréstimos bancários, disse o presidente da Câmara, Joerg Wuttke. Fora das fronteiras do país, o desequilíbrio alimenta os conflitos com parceiros comerciais e deverá ampliar as medidas antidumping contra a China em 2010, ressaltou.

A situação se agravou com o pacote de estímulo de US$ 585 bilhões anunciado pelo governo em novembro de 2008. No ano passado, a China tinha capacidade para fabricar 660 milhões de toneladas de aço, mas produziu 500 milhões, das quais consumiu 470 milhões. O setor siderúrgico continuará a crescer em 2009, apesar da previsão de que a demanda global pelo produto cairá cerca de 15%. Só na primeira metade do ano, US$ 20,6 bilhões foram investidos na produção de aço. As autoridades de Pequim estimam que os projetos em andamento acrescentarão mais 58 milhões de toneladas de capacidade nas siderúrgicas.

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