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Buenos Aires – "Não gosto de ir por aí de coquetel em coquetel." A frase usada pelo presidente Néstor Kirchner para explicar sua ojeriza a viagens internacionais, encontros bilaterais e cúpulas presidenciais, será arquivada. A presidente eleita, Cristina Fernández de Kirchner, na contra mão do marido, promete dedicar-se intensamente à agenda internacional e recolocar Buenos Aires na rota de tours de chefes de Estado e de governo, que nos últimos dois anos evitaram passar pela cidade, embora visitassem Brasília, Montevidéu e Santiago.

Mesmo antes de tomar posse, Cristina realizará viagens ao exterior e receberá visitas internacionais. O tom desta agenda indica uma aproximação mais forte com o Brasil e uma reaproximação com os EUA.

O primeiro sinal de recomposição das relações com Washington ocorreu na terça-feira, quando o presidente George W. Bush telefonou para Cristina a fim de cumprimentá-la pela vitória nas urnas. Desde o domingo, a primeira-dama declarou que não há confrontos com os EUA e que deseja uma relação "madura" com Washington. Desta forma, encerraria a relação ríspida que Kirchner teve com Bush.

Na semana que vem Cristina Kirchner receberá a visita do secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon. Na seqüência, no dia 8, irá a Santiago do Chile, acompanhando seu marido, para participar da Cúpula Ibero-Americana de Países, onde estará poucas horas. No dia seguinte, receberá em Buenos Aires José Luis Zapatero, primeiro-ministro da Espanha, país que planeja aumentar seus investimentos na Argentina.

Brasil

Logo após a posse presidencial, marcada para o dia 10 de dezembro, Cristina participará de sua primeira cúpula presidencial, a do Mercosul, que será realizada em Montevidéu entre os dias 12 e 14 desse mês. A viagem para o Brasil será antes da posse, mas ainda não tem data definida.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, convidou Cristina para ir a Caracas antes da posse. Mas, por enquanto, essa hipotética viagem não está confirmada. As relações com Chávez tenderiam a esfriar, já que Cristina pretende passar aos investidores internacionais uma imagem mais previsível da Argentina.

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