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Pela primeira vez em meio século, o governo de Raúl Castro autorizou, nesta quarta-feira (22), empresas imobiliárias a alugarem casas e salas comerciais a cubanos, suspendendo uma proibição vigente durante décadas. A resolução, publicada no Diário Oficial, no entanto, traz preços inacessíveis para os moradores da ilha: o metro quadrado do imóvel será de US$ 5 mensais para residências e US$ 7 para salas comerciais. No fim de 2011, o presidente cubano já havia autorizado a compra e venda de casas, também proibidas durante décadas.

Os valores, inclusive das contas de água e luz, deverão ser pagos em pesos conversíveis (CUC), em paridade com o dólar. Vigente desde dezembro de 1994, a moeda usada na indústria do turismo equivale a 24 pesos cubanos.

A nova medida autoriza agora "pessoas naturais e moradoras de Cuba a contratarem serviços de arrendamento de imóveis ofertados por entidades imobiliárias autorizadas". A resolução alerta, no entanto, que os cubanos não poderão alugar esses imóveis para usá-los como escolas internacionais, agências de imprensa e organizações não governamentais. Até agora só os estrangeiros residentes na ilha e instituições podiam alugar imóveis.

Com uma população de 11,1 milhões de habitantes, Cuba tem hoje cerca de 445 mil trabalhadores privados, dedicados fundamentalmente a atividades de serviços, o que criou uma crescente demanda por imóveis de uso comercial. O negócio imobiliário começou a florescer a partir dos anos 90 com as tímidas reformas econômicas que o então ditador Fidel Castro (1959-2006) aprovou após a desintegração do bloco soviético.

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