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Cuba acusou no sábado a imprensa estrangeira de "fazer o jogo de Washington", seus inimigo histórico, e de fabricar uma imagem desfavorável da ilha. Um artigo publicado pelo Granma, o diário do governante Partido Comunista, critica a imprensa estrangeira em Havana por escrever sobre a oposição, considerada pelas autoridades como "mercenários" a serviço dos Estados Unidos.

"Os aparatos propagandísticos dos Estados Unidos não estão sozinhos", disse o texto "Catedráticos da manipulação". "Alguns dos correspondentes acreditados em Havana ganham o pão de cada dia construindo notícias sobre os supostos líderes da dissidência", acrescento o artigo.

O Granma acusa os "grandes meios internacionais" de terem apoiado e amplificado durante mais de quatro décadas o que chama de uma "guerra midiática" dos Estados Unidos contra Cuba.

O ministro cubano de Cultura, Abel Prieto, propôs essa semana a criação de um tribunal moral que condene à "prisão perpétua" os responsáveis de meios mentirosos.

Existem várias centenas de jornalistas estrangeiros trabalhando em Cuba.

As autoridades não impedem a cobertura dos dissidentes, mas em fevereiro, o governo decidiu não renovar as permissões de trabalho de dois correspondentes estrangeiros sob a alegação de que haviam perdido a objetividade em suas reportagens.

A decisão foi criticada pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), mas Cuba acusou a SIP de ser um títere dos Estados Unidos e negou acusações sobre a repressão a jornalistas independentes.

Segundo cálculos da organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras existem 25 jornalistas independentes presos em Cuba. A maioria é de opositores no papel de comentaristas de meios de comunicação no estrangeiro.

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