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Ativistas protestam em Washington contra a participação de  empresas na conferência sobre o clima, em Copenhague | Alex Wong/Getty Images/AFP
Ativistas protestam em Washington contra a participação de empresas na conferência sobre o clima, em Copenhague| Foto: Alex Wong/Getty Images/AFP

Lula propõe verba de ricos contra aquecimento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a propor ontem, no programa Café com o Presi­­dente, que os países ricos empreguem recursos para que os países em desenvolvimento possam ter os meios para reduzir as emis­­sões dos gases de efeito es­­tufa, causadores do aquecimento global.

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Apelo

Europa quer ação global e pressiona a China

AFP

A União Europeia (UE) destacou ontem que a contribuição da China para a luta contra as mudanças climáticas é indispensável, ao mesmo tempo que estimulou todo o planeta a intensificar os esforços para combater o fenômeno. "Não se pode enfrentar o desafio do clima sem que a China adote um papel de líder e aceite sua responsabilidade", declarou o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, presidente semestral da UE, ao fim de uma breve reunião de cúpula China-UE em Nanquim, leste do território chinês.

Reinfeldt também destacou que é necessário fazer mais para lutar contra o aquecimento global e não ultrapassar um aumento da temperatura de dois graus centígrados. "Pensamos até agora que as contribuições mundiais para reduzir (as emissões) não são suficientes para não ultrapassar um aumento limitado a dois graus centígrados", afirmou em uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

O premier chinês disse "a China dá grande importância à conferência de Copenhague" e que o país "está decidido a fazer avançar a conferência no bom caminho.

A China anunciou pela primeira vez na semana passada uma meta em números a respeito do aquecimento global, com o compromisso de reduzir a "intensidade carbónica" (emissões poluentes por unidade do PIB) entre 40% e 45% até 2020, na comparação com 2005.

Os grandes países em desenvolvimento, entre eles Brasil, China e a Índia, estão se preparando com os dentes afiados para a conferência sobre o clima em Co­­penhague, rejeitando desde já qualquer tentativa dos países in­­dustrializados de lhes impor obrigações.

Uma série de reuniões informais restritas hoje e amanhã em Copenhague com a ministra di­­namarquesa do Clima, Connie Hedegaard, vai lhes permitir reafirmar o que consideram "não negociável" na perspectiva do futuro acordo.

Hedegaard afirmou ontem que seu governo "está consultando vários países" e que "opiniões diferentes estão sendo discutidas e testadas" com base em "diversas propostas". As negociações "só vão começar na próxima semana" na abertura da conferência, prevista para o dia 7 de dezembro", lembrou a ministra.

Representantes do Brasil, da China, da Índia, da África do Sul e do Sudão (presidente em exercício do G-77, a coalizão dos países em desenvolvimento) se reuniram sábado em Pequim para definir uma posição comum e intransigente, baseada em quatro pontos essenciais: rejeição a metas de redução obrigatórias de suas emissões de gases de efeito estufa, recusa a submeter suas políticas sobre o clima ao aval internacional se não forem financiadas pelos países industrializados, rejeição à definição de um nível máximo para o crescimento de suas emissões, e rejeição à imposição pelos países desenvolvidos de qualquer taxa sobre suas exportações em nome do clima.

A declaração de Pequim tem como objetivo prevenir desde já as propostas emitidas pela Pre­­si­­dência dinamarquesa e aprovadas pelo G-8 em julho passado na Itália, que incluem meta mundial de redução das emissões de gases de efeito estufa de 50% en­­tre 1990 e 2050, com os países industrializados assumindo 80% desta meta.

A declaração de Pequim ainda reafirma o compromisso dos emergentes com o Protocolo de Kyoto, que expira no fim de 2012.

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