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O curador geral da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNWRA), Filippo Grandi, lançou nesta segunda-feira uma campanha que pretende arrecadar US$ 450 mil para serem aplicados, em sua maioria, em campanhas de saúde e que contará com o apoio da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.

A campanha, anunciada em São Paulo, ajudará à agência da ONU a atenuar um déficit de US$ 50 milhões da entidade, informou Grandi.

O evento foi o primeiro de uma série de compromissos do curador geral da UNWRA no Brasil para chamar a atenção sobre a situação palestina após 63 anos de conflito.

"Quanto maior é o fracasso político de um país, maiores são as doações do resto de países, mas o caso da Faixa de Gaza é uma crise considerada velha, que já não atrai tantos doadores como há quatro ou cinco anos", declarou.

Grandi lembrou que os conflitos nos países árabes vizinhos, como a Síria, transformaram os palestinos em refugiados duas vezes.

De acordo com os números apresentadas pela Agência existiam cerca de 530 mil refugiados palestinos na Síria antes dos conflitos na região, dos que se estima que metade se refugiou novamente fora e dentro do território sírio.

Além disso, dos dados apresentados pelo curador se extrai que o Brasil fornece mais de US$ 7,5 milhões ao ano aos refugiados palestinos.

Para o vice-presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Riad Younes, a campanha é importante para igualar as condições de vida palestina à dos demais países árabes.

"A esperança de vida dos palestinos comparada com a dos sírios, libaneses e outros cidadãos de países árabes é de três a cinco anos menos. A ideia é que consigamos elevar essa esperança de vida para que se aproxime à das nações que não são refugiadas", disse Younes.

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