• Carregando...

O regime sírio negou neste domingo qualquer responsabilidade no massacre de Houla, no qual quase 100 pessoas morreram, das quais 32 crianças, e atribuiu o ato a terroristas, ao mesmo tempo em que anunciou a abertura de uma investigação.

"Negamos totalmente qualquer responsabilidade do governo neste massacre terrorista que teve por alvo habitantes" de Houla, declarou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Jihad Makdissi, dois dias após o ataque, que a oposição atribui ao regime de Bashar al-Assad.

Segundo o porta-voz, as autoridades sírias vão abrir uma investigação para esclarecer as circunstâncias das mortes, que provocaram uma condenação internacional unânime.

Makdissi apresentou uma nova versão do ocorrido em Houla, na província de Homs, no centro da Síria, na sexta-feira. Por volta das 14h00 locais, "centenas de homens armados se reuniram em várias caminhonetes carregadas com armamento pesado, morteiros e metralhadoras", disse.

"As forças terroristas se dirigiram a esta região que está protegida pelas tropas governamentais (...) e atacaram vários postos militares", acrescentou, explicando que utilizaram pela primeira vez "mísseis antitanque".

Segundo o porta-voz, as tropas governamentais não avançaram e "responderam em legítima defesa".

Unicef declara indignação

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) declarou-se indignado neste domingo pelo massacre.

"Este crime atroz contra crianças tão pequenas que não têm nada a ver nestes combates mostra novamente a urgência para encontrar uma solução para o conflito na Síria", declarou Sarah Crowe, porta-voz do diretor-geral do Unicef, Anthony Lake.

"Uma matança como esta não pode permanecer sem castigo", prosseguiu a porta-voz, em um comunicado publicado no site da agência da ONU.

Os observadores mobilizados pelas Nações Unidas na Síria para vigiar uma trégua, quase completamente ignorada, contaram 92 cadáveres, dos quais 32 de crianças de menos de 10 anos, em Houla, depois dos bombardeios atribuídos às forças do regime do presidente Bashar al-Assad.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]