Os advogados de David Miranda, companheiro do jornalista Glenn Greenwald que revelou o esquema de espionagem dos EUA, estão nesta quarta-feira em uma alta corte de Londres para contestar a legalidade da detenção do brasileiro no aeroporto de Heathrow. A previsão é que a audiência dure dois dias.

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A defesa - desafiando poderes polêmicos usados pelo artigo 7 da Lei de Terrorismo de 2000 - sustenta que Miranda não estava envolvido com terrorismo e alega que o seu direito à liberdade de expressão foi cerceado. Para os advogados, a Polícia Metropolitana de Londres teria abusado da lei e a detenção constitui uma violação dos direitos humanos.

O brasileiro foi detido durante uma escala no aeroporto de Heathrow em 18 de agosto, tentando transportar documentos do ex-agente de inteligência americano Edward Snowden. Após a sua libertação e retorno ao Rio, Miranda entrou com uma ação judicial contra o governo britânico exigindo a devolução dos materiais apreendidos com ele por autoridades britânicas e uma revisão judicial da legalidade de sua detenção.

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O documento "Folha de Circulação de Portos", o qual explicita as razões pela detenção de Miranda, indica que o brasileiro estava envolvido com "terrorismo", "com potencial para agir contra os interesses da segurança nacional do Reino Unido".

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