Delator pede asilo a 21 países

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Ao menos oito países rejeitaram ontem os pedidos de asilo feitos por Edward Snowden, o norte-americano que revelou atividades secretas de espionagem dos Estados Unidos, mas a Venezuela fez um apelo ao mundo pela proteção dele.

INFOGRÁFICO: Veja os países que possuem e os que não possuem acordo de extradição com os EUA

Snowden, de 30 anos, solicitou asilo político a 21 nações, inclusive ao Brasil, na esperança de escapar da perseguição jurídica dos Estados Unidos por ter revelado os programas de espionagem.

Ele está há nove dias em um limbo jurídico, na área de trânsito do aeroporto em Moscou, onde chegou procedente de Hong Kong, sem documentos de viagem válidos (os EUA revogaram o passaporte dele) e sem visto para entrar na Rússia.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse no domingo que seu país só concederia asilo a Snowden se ele abandonasse sua "atividade antiamericana". Depois, um porta-voz de Putin disse que o norte-americano já cancelou seu pedido de asilo a Moscou.

Sucessivos países também rejeitaram a concessão de asilo a Snowden, alegando razões técnicas. Mas o governo esquerdista da Venezuela disse que é hora de proteger alguém que "fez algo muito importante para a humanidade".

O governo brasileiro não irá conceder asilo a Snowden, disse ontem um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, acrescentando que deixará o pedido sem resposta.

Antes de deixar Hong Kong, Snowden já havia solicitado asilo ao Equador, e esse parecia ser o destino favorito do norte-americano.

A Noruega disse que dificilmente concederá asilo a Snowden e a Polônia afirmou que não daria nenhuma "recomendação positiva" para isso.

Finlândia, Espanha, Irlanda e Áustria informaram que pedidos de asilo só podem ser feitos se o interessado estiver nos respectivos territórios nacionais. A Índia disse "não ver razão" para atender ao pedido. A França informou não ter recebido o pedido de asilo.