• Carregando...
Policiais participam de cerimônia na Praça Tiananmen | Reuters
Policiais participam de cerimônia na Praça Tiananmen| Foto: Reuters

ETIM

No ataque de ontem, autoridades chinesas citaram a participação do Movimento Islâmico do Turquestão Oriental (ETIM), um grupo radical separatista. O ETIM, que afirma lutar pela independência do Turquestão Oriental, antigo nome de Xinjiang, foi considerado pela ONU em 2002 como uma organização vinculada à rede terrorista Al-Qaeda.

Onze pessoas morreram em um ataque cometido por nove criminosos em uma delegacia de Xinjiang, informou a imprensa oficial da China, em um momento de grande tensão na região de maioria muçulmana.

Segundo a agência estatal de notícias Xinhua, nove pessoas armadas com facas e machados mataram dois agentes auxiliares da polícia e feriram outros dois. Em seguida foram mortos pelas forças de segurança.

A agência informou que o ataque aconteceu no último sábado em Serikbuya, uma localidade do condado de Bashu, em Xinjiang, região abalada por atos de violência entre os uigures, muçulmanos de língua turca, e os han, a etnia majoritária na China.

Um grupo de defesa dos uigures questionou a versão oficial e afirmou que a polícia chinesa abriu fogo contra manifestantes uigures.

Um porta-voz do Congresso Mundial Uigur, com sede em Munique, na Alemanha, afirmou que as pessoas apresentadas como criminosas eram manifestantes.

Dilxat Raxit disse que um confronto teve início depois que um jovem uigur foi morto a tiros e que, em seguida, as forças de segurança mataram oito manifestantes.

Também afirmou que dezenas de manifestantes uigures foram detidos no incidente.

"Peço mais uma vez à comunidade internacional que tome medidas imediatas para impedir que o governo chinês atire contra manifestantes uigures e retire seus direitos", declarou o porta-voz.

Situada no extremo oeste da China, Xinjiang, "região autônoma" de maioria uigur, é abalada frequentemente por atos violentos que as autoridades atribuem a "terroristas" ou "separatistas".

Para as organizações uigures, as acusações são apenas uma desculpa utilizada pelas autoridades para justificar o aumento da repressão que afirmam sofrer.

Xinjiang foi cenário de confrontos com mortos em abril, julho e agosto de 2013.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]