Presidente Correa fala em coletiva de imprensa| Foto: Rodrigo Buendia/AFP

O presidente do Equador, Rafael Correa, disse na noite de terça-feira que as acusações de estupro contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, devem ser investigadas, mas considera que o caso envolvendo duas mulheres não seria um crime na América Latina em sua visão.

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"Não quero julgar acusações que ainda não foram provadas, mas não seriam consideradas de forma alguma um delito grave na América Latina".

Assange é julgado por estupro pela Justiça da Suécia após fazer sexo com duas ex-ativistas do WikiLeaks em 2010, em Estocolmo. Elas o acusam de fazer relações sexuais sem consentimento.

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Na entrevista, Correa afirmou que o país sul-americano estuda seu comparecimento às Nações Unidas ou à Corte Internacional de Haia como opções jurídicas pelo caso do ativista australiano Julian Assange, fundador do site WikiLeaks.

Diálogo

As autoridades de Quito, no entanto, pretendem resolver a questão com Reino Unido e Suécia através do diálogo. "Estamos estudando as diferentes estratégias jurídicas, mas queremos que isto se resolva pelo diálogo", indicou o presidente, após insistir que Assange poderá ficar na embaixada de Londres.

A estadia do australiano na legação diplomática só terminará "se o Governo do Reino Unido lhe conceder o salvo-conduto, se o senhor Assange renunciar ao asilo ou se o Equador retirar o asilo dado a Assange, o que só ocorreria se mudassem as circunstâncias que motivaram o asilo", explicou.