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Membros do Partido Democrata planejam apresentar uma resolução ao Senado dos Estados Unidos na terça-feira para estabelecer um cronograma de retirada gradual do Iraque, afirmou neste domingo a senadora pela Califórnia Dianne Feinstein.

Recentes pesquisas mostram que uma maioria apertada dos norte-americanos defendem uma medida como essa, mas Tony Snow, porta-voz da Casa Branca, afirmou que o presidente George W. Bush não considera tal possibilidade.

- Estabelecer um cronograma seria um desastre absoluto não somente para o povo do Iraque, mas para a guerra maior contra o terror - declarou ele à rede de televisão CNN.

A Casa dos Representantes aprovou na semana passada uma resolução que rejeitava um prazo limite para que as tropas norte-americanas deixassem o Iraque.

- Acho que chegou a hora para alguma discussão sobre o que vamos fazer agora - afirmou a senadora Feinstein, também à CNN.

- Não sei por que estamos com tanto medo de levantar e dizer: olha, queremos ver um final para essa coisa - disse ela.

Feinstein argumentou que uma ocupação sem fim previsto é insustentável para os militares, que precisam estar livres para lidar com problemas no Afeganistão e em outros lugares.

Há cerca 129 mil americanos no Iraque. Desde a invasão, em 2003, 2.500 homens morreram.

Autoridades da Casa Branca já disseram que gostariam de retirar parte das tropas antes de novembro se as condições no Iraque permitirem. Isso aliviaria as pressões sobre os republicanos durante a batalha para manter o controle no Congresso.

O presidente Bush, entretanto, tem se recusado a estabelecer datas para retirada de tropas.

A popularidade de Bush tem caído de forma constante, com a continuidade do conflito no Iraque. Contudo, a recente morte de Abu Musab al-Zarqawi, líder da al Qaeda no Iraque, e a formação de um governo de unidade no país fortaleceram a administração do presidente americano.

Os iraquianos também estão ansiosos para que as forças dos EUA deixem o país, mas não de forma prematura.

- O debate que vimos recentemente no Congresso dos EUA demonstra que o Parlamento também está ciente dos perigos de se fixar um cronograma para uma retirada prematura - afirmou o ministro das Relações Exteriores do Iraque, Hoshiyar Zebari, à CNN.

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