Restrição

Holanda quer banir véus islâmicos

O governo da Holanda informou ontem que planeja banir o uso de véus como os usados por mulheres muçulmanas porque tais peças não estão de acordo com o modo de vida e a cultura holandesa. O premiê Mark Rutte anunciou também regras mais severas sobre imigrantes e estrangeiros asilados que buscam a cidadania holandesa.

"O governo acredita que o uso de roupas que cobrem completa ou quase inteiramente o rosto está fundamentalmente em desacordo com nossa vida pública, onde as pessoas são reconhecidas por seus rostos", informou o comunicado divulgado pelo governo.

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Entrou em vigor ontem uma lei francesa que proíbe que se reze nas ruas. Assim, milhares de fiéis muçulmanos no norte de Paris foram levados a improvisar um local de oração em um quartel de bombeiros desativado.

A proibição das rezas nas ruas colocou em evidência os problemas da França para assimilar sua comunidade muçulmana, de 5 milhões de pessoas, que não tem espaço para rezar. Recentemente o país proibiu o uso de véu islâmico, a burca.

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O ministro do Interior francês, Claude Gueant, direcionou os muçulmanos em Paris a espaços provisórios enquanto se constrói um novo espaço gigante e advertiu que, caso necessário, será usada a força à medida que a polícia encerra sua tolerância com relação às orações nas ruas.

Sete meses antes da eleição presidencial, a proibição é considerada por algumas pessoas como uma tentativa de ganhar simpatizantes da extrema-direita para o campo da centro-direita do presidente Nicolas Sarkozy.

Na instalação improvisada, o xeque Mohammed Salah Hamza supervisionou as orações dos mu­çulmanos. Os religiosos en­­travam, estiravam suas colchas no chão pelo espaço, semelhante a um hangar.

"É o começo de uma solução," disse Hamza antes de iniciar o serviço. "Os fieis estão muito satisfeitos de estar aqui. O local, que abriga 2 mil pessoas, está cheio."