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Depois de a Rússia dar a largada, o Canadá entrou na disputa internacional pelos recursos minerais do Ártico. Segundo o jornal "Financial Times", dias depois de uma expedição russa fincar sua bandeira no fundo do mar do Pólo Norte , mandando seu primeiro-ministro, Stephen Harper, para uma viagem de três dias pela região norte. Os Estados Unidos, a Noruega e a Dinamarca também estão na briga pelo controle do território. Na área de 1 milhão de quilômetros quadrados de oceano estão concentradas possíveis reservas gigantescas de petróleo e gás, ainda não-exploradas.

- Nós temos planos agressivos para o Ártico - disse ao "Financial Times" o porta-voz do premier canadense, Dimitri Soudas.

Estudos estimam que o Ártico concentre cerca de 25% das reservas de petróleo e gás ainda desconhecidas no planeta. A área tornou-se mais visada com o aquecimento global, que acelerou o derretimento das geleiras, tornando mais acessível sua potencial reserva de recursos naturais. O derretimento das geleiras também pode abrir uma nova rota entre a América do Norte e a Ásia, o que eliminaria a necessidade de usar o Canal do Panamá para ter acesso ao Oceano Pacífico.

- Os russos mandaram um submarino para fincar uma pequena bandeira no fundo do oceano. Nós estamos mandando nosso primeiro-ministro para reafirmar a soberania canadense - disse uma alta autoridade do governo, segundo a imprensa canadense.

Desde o descobrimento de que a Rússia enviaria uma expedição à região, o premier canadense vinha sendo pressionado a dar uma resposta. Em julho, Harper anunciou planos de gastar cerca de US$ 2,8 bilhões na copnstrução de embarcações capazes de quebrar o gelo do Ártico.

A Rússia argumenta que um território a mais de 200 milhas náuticas de sua costa norte, divido por tratado da ONU, está ligado a sua plataforma continental. O Canadá e a Dinamarca rejeitam a alegação russa, afirmando que a questão geológica nada tem a ver com as disposições políticas.

A posição dos Estados Unidos é delicada, já que o país não ratificou o tratado da ONU. Assim, o governo americano não pode se opor à argumentação russa. A Rússia anunciou na quarta-feira que fará uma nova expedição ao Pólo Norte.

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