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O tiranossauro rex acaba de ganhar um companheiro de peso na categoria de dinossauros carnívoros gigantescos. Cientistas desenterraram na Patagônia argentina - um dos sítios mais ricos em se tratando de fósseis de animais pré-históricos - os ossos de uma das maiores feras bípedes de que se tem notícia.

Trata-se da primeira prova tangível de que um carnívoro de grande porte, além do tiranossauro rex, vivia em manadas. A criatura, que media cerca de 12,5 metros, foi chamada deMapusaurio roseaee se calcula que tenha vivido há 100 milhões de anos.

Foram encontrados num mesmo local ossos de sete a nove indivíduos - uma indicação de que o animal vivia e, provavelmente, caçava em grupo. Esse recurso permitiria que a fera atacasse animais ainda maiores: os gigantescos dinossauros herbívoros. Segundo os especialistas, eles seriam capazes até mesmo de caçar o maior dinossauro que se conhece, o argentinossauro, um herbívoro de 38 metros de comprimento.

Os fósseis foram encontrados em 2000, mas só agora, em recente edição da "Geodiversitas", foram descritos pelos paleontólogos Rodolfo Coria, do Museu Carmen Funes, de Plaza Huincul, na Argentina, e Philip Currie, da Universidade de Alberta, no Canadá. Ambos supervisionaram as escavações, a cerca de 25 quilômetros ao sul de Plaza Huincul, entre 1997 e 2001.

Currie afirmou que é difícil saber quanto mediriam os maiores exemplares da espécie, já que não foi encontrado nenhum esqueleto completo. Mas, de acordo com seus cálculos, os animais tinham, em média, 12,5 metros do focinho à ponta da cauda - ou seja, cerca de 30 centímetros a mais que o gigantossauro, uma espécie também encontrada na Patagônia. O fóssil de tiranossauro presente no Museu Field, de Chicago, mede 12,8 metros.

Segundo os cientistas, não foram encontrados ossos de outras espécies no mesmo local em que foram achados os fósseis do mapussauro, o que sugere também que eles estavam juntos ao morrerem.

O nome dado ao animal, mapussauro, é originário da palavra "terra" na língua mapuche das tribos indígenas da Patagônia. "Roseae" é uma referência à cor da terra na região.

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