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MADRI - Trinta e duas pessoas foram presas em várias regiões da Espanha como parte de uma ampla operação contra uma rede de prostituição que trazia ao país mulheres estrangeiras, em sua maioria procedentes do Brasil, e as obrigava a fazer programas, informou neste domingo a polícia.

Dos detidos, sete são tidos como os principais operadores da rede. As demais são mulheres oriundas do Brasil, da Argentina e da Romênia, que estão em situação irregular na Espanha e foram introduzidas no país para serem exploradas sexualmente.

A polícia chegou aos criminosos após denúncias de duas dessas mulheres, que viviam em Málaga e disseram ser submetidas a todos os tipos de humilhação.

De acordo com as investigações, a rede contava com um braço no Brasil e, quando precisava de mulheres para trabalhar na Europa, entrava em contato para recrutar mulheres.

Os representantes da rede no Brasil se encarregavam de selecionar as candidatas, que eram enganadas sobre o motivo da viagem e as condições que teriam na Espanha. A elas eram dados a passagem aérea de ida e volta, reserva em hotel e dinheiro suficiente para passar pela fronteira como turistas e não levantar suspeita.

Ao chegar na Espanha, porém, os donos ou responsáveis por clubes noturnos recebiam as recém-chegadas e revelavam a verdade: elas haviam contraído uma dívida entre 2.000 e 4.000 euros por causa da viagem e tinham que pagar com a prostituição em boates, onde, segundo a polícia, estavam "em condições completamente indignas".

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