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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, não descartou nesta segunda-feira(7) a imposição de tarifas recíprocas às estabelecidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas prefere buscar um "acordo prévio", por isso o secretário de Economia, Marcelo Ebrard, viajará novamente a Washington esta semana.
"O aumento de 25% (da tarifa), digamos, não descartamos, mas preferimos continuar o diálogo antes de tomar qualquer outra medida. Isso representaria aumento de preços no México. Então, é claro, queremos proteger a indústria mexicana, mas estamos buscando chegar a um acordo prévio", declarou Sheinbaum.
A mandatária mexicana se defendeu, em entrevista coletiva, da oposição que a acusa de "ceder" a Trump e não responder com medidas semelhantes às tarifas de 25% impostas pelos EUA ao aço, ao alumínio, à indústria automotiva e a produtos fora do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (T-MEC).
Nesse sentido, a presidente sustentou que o governo "ainda" está em negociações com os Estados Unidos, por isso esta semana o secretário Ebrard viajará a Washington pela sexta vez para discutir as tarifas.
"Na medida do possível, queremos evitar impor tarifas recíprocas", afirmou.
A chefe de Estado enfatizou que o México estava em uma posição "melhor" do que outros países sob o esquema tarifário anunciado por Trump na última quarta (2) porque os produtos dentro do T-MEC estavam isentos, o que abrange setores como agricultura, eletricidade, eletrônicos e outras indústrias.
O objetivo do governo de Sheinbaum é buscar "tratamento preferencial" para o México, o que lhe permitiria ter tarifas mais baixas do que outras regiões, como a União Europeia (UE), com 20%, e a China, com 34%, que anunciou uma tarifa recíproca para os Estados Unidos na semana passada.
"Independentemente do que outro país ou região do mundo possa fazer, o que é responsabilidade deles e nós respeitamos, estamos buscando evitar isso e chegar a um acordo antes de qualquer outra circunstância, e até agora, conseguimos isso. Vamos ver se continuamos com esse mecanismo", comentou a presidente.