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A presidente Dilma Rousseff cobrou uma reforma urgente no Conselho de Segurança da ONU e destacou que o ano de 2015, quando a organização completa 70 anos, será a ocasião ideal para realizar mudanças, disse a dirigente durante seu discurso de abertura da assembleia geral da instituição em Nova York. Sobre a Síria, a brasileira defendeu uma solução negociada para o conflito, sem intervenção militar.

Chegar a 2015 sem um Conselho de Segurança que represente as mudanças pelas quais o mundo vem passando seria uma "derrota coletiva", disse Dilma. "É preocupante a limitada representação do Conselho face os novos desafios do século XXI", completou.

A presidente disse que exemplos recentes evidenciam a necessidade de mudanças no Conselho de Segurança: a grande dificuldade em oferecer uma solução para o conflito na Síria e a "paralisia" em lidar com a questão entre Israel e Palestina. "A recorrente polarização entre os membros permanentes gera imobilismo perigoso", frisou, pedindo que novas vozes "independentes e construtivas" entrem no Conselho de Segurança.

"Somente a ampliação do número de membros permanentes e não permanentes e a inclusão de países em desenvolvimento em ambas as categorias permitirá sanar o atual déficit de representatividade e legitimidade do Conselho", disse em seu discurso.

A crise na Síria foi classificada por Dilma como o principal desastre humanitário deste século. "Não há saída militar. A única solução é a negociação, o diálogo, o entendimento", afirmou, ressaltando que o Brasil, por ter recebido migrantes daquele país, está profundamente ligado ao tema.

Dilma condenou o uso de armas químicas na Síria, classificando-o como "hediondo e inadmissível", e declarou apoio ao acordo entre os Estados Unidos e a Rússia para eliminar estas armas naquele país. Ainda sobre o Oriente Médio, Dilma disse que a questão israelo-palestina assume "nova urgência" e defendeu o direito dos palestinos em ter um estado independente e soberano.

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