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O prédio do Jyllands-Posten, em Copenhague: retaliação seria feita ao estilo dos ataques de 2008 em Mumbai, com atiradores | Martin Sylvest Andersen/Reuters
O prédio do Jyllands-Posten, em Copenhague: retaliação seria feita ao estilo dos ataques de 2008 em Mumbai, com atiradores| Foto: Martin Sylvest Andersen/Reuters

Copenhague - Policiais da Dinamarca e da Suécia afirmaram ontem ter impedido um suposto atentado em Copenhague contra um jornal que publicou charges ofensivas ao profeta Maomé. Cinco suspeitos foram presos.

Segundo Jakob Scharf, chefe do PET (sigla do Serviço de Se­­gu­­rança e Inteligência Dinamar­­quês), o atentado ocorreria antes do próximo fim de semana, na redação do jornal conservador Jyllands-Posten. O objetivo seria "matar o máximo de pessoas possível".

"O plano [dos suspeitos] era ter acesso ao escritório do jornal e fazer um ataque ao estilo de Mumbai", disse.

Ele se referia ao atentado de novembro de 2008 na Índia, quando homens com armas de fogo dispararam indiscriminadamente em vítimas em hotéis de luxo, uma estação ferroviária e um centro judaico. Ao todo, 166 pessoas foram mortas.

Um tunisiano de 44 anos, um libanês de 29 e um homem de 30 anos, de nacionalidade não identificada, entraram na Dinamarca vindos da Suécia e foram presos. Também foi detido um iraquiano de 29 anos que vivia no país. O quinto suspeito, de origem tunisiana, foi preso em Estocolmo.

O PET disse que as prisões fo­­ram precedidas por uma extensa investigação conduzida em cooperação com o Serviço de Se­­gu­­rança Sueco – o Sapo.

Em comunicado, o órgão in­­formou que, aparentemente, não há conexão entre as prisões de ontem e o ataque suicida em Es­­tocolmo ocorrido em 11 de de­­zembro.

Armamento

Com os suspeitos foi apreendida uma submetralhadora com silenciador e munições. Scharf afirmou que os suspeitos seriam mi­­litantes de um grupo radical islâmico.

A Dinamarca e suas embaixadas se tornaram os alvos preferidos de grupos radicais desde 2006, quando o Jyllands-Posten publicou charges de Maomé. A maioria dos muçulmanos rejeita que se desenhe o profeta.

O episódio desencadeou atentados a bomba e protestos que deixaram quase 50 manifestantes mortos no mundo.

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