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Washington – A duas semanas das eleições parlamentares, um diplomata americano qualificou a atitude de seu país no Iraque de "arrogante" e "estúpida". "Indubitavelmente, houve arrogância e estupidez da parte dos Estados Unidos no Iraque", afirmou Alberto Fernandez, um diretor do Escritório das Relações com o Oriente Médio do departamento de Estado americano, falando à rede de TV Al-Jazeera.

Segundo ele, vários erros foram cometidos por seu país no Iraque e os Estados Unidos deveriam "ser mais humildes". O porta-voz do departamento de Estado, Sean McCormack, minimizou as declarações afirmando que elas não haviam sido relatadas de maneira precisa.

Essas declarações ocorrem num contexto de críticas crescentes aos Estados Unidos, vindas tanto da oposição democrata quanto da maioria republicana, sobre a atual estratégia americana no Iraque. "Esta administração não tem estratégia. Sua estratégia é manter a ocupação", denunciou ontem o ex-candidato democrata à presidencial de 2004, John Kerry, ao canal de TV ABC.

"A administração Bush se recusa a mudar de estratégia nos últimos dois anos, quando é evidente que a violência no Iraque aumentou de maneira regular", denunciou o senador democrata Carl Levin ao canal Fox News. O presidente George W. Bush consultou seus generais sobre a resposta a dar à deterioração da situação no Iraque, onde quase 80 soldados americanos morreram em outubro, um dos piores balanços desde a intervenção americano-britânica em março de 2003.

Com a proximidade das eleições legislativas, que se anunciam perigosas para a maioria republicana de Bush, uma pesquisa publicada pela revista Newsweek indica que quase dois terços dos americanos (65%) pensam que os Estados Unidos estão prestes a perder espaço no Iraque.

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